Em 1896,
Theodor Herzl publicou um livro: O Estado Judaico. Nele defende a
criação de um Estado para o povo judeu, para que este seja protegido das perseguições
anti-semitas. Em 1917, Lord Balafour, ministro dos Negócios Estrangeiros
britânico, declara ser a favor desse estado na Palestina, ao mesmo tempo que
promete a independência aos Árabes sob domínio turco. Entre 1919 e 1939, com a
Palestina confiada em mandato aos Britânicos, a colónia judaica cresce de
65.000 para 425.000 membros, devido ao êxodo dos Judeus, consequência das
perseguições na Europa Central e na Alemanha. Facto que provocou, por parte dos
Árabes, uma grande hostilidade.
Após a
Segunda Guerra a ONU propõe um plano de divisão da Palestina, atribuindo 55% do
território aos Judeus, e 45% aos Árabes. Os Árabes recusam e lançam-se na
primeira guerra israelo-árabe. São derrotados e o Estado de Israel é proclamado
a 14 de Maio de 1948. E passa o seu território, na Palestina, de 55% para uma
dimensão geográfica de 78%. O que resta é dividido entre o Egipto e a Jordânia.
Desta feita, o Estado árabe palestiniano não chega a ser criado. Cerca de
725.000 palestinianos são forçados a fugir, tornando-se refugiados. Os países
árabes não reconhecem o estado de Israel, e os judeus, para se protegerem ,
aproximam-se dos países ocidentais, nomeadamente dos EUA.
Em 1956,
juntamente com a Inglaterra e a França, Israel participa numa expedição contra
o Egipto. A União Soviética intervém colocando-se ao lado dos descendentes dos
faraós.
Em 1967, na guerra dos seis dias, Israel obtém, contra as previsões, uma vitória total sobre os estados árabes, ocupando Jerusalém Leste, a Cisjordânia, Gaza (a antiga Palestina mandatária), o Sinai egípcio e o Golan sírio. Os países árabes são completamente humilhados. A ONU, porém, com a resolução 242, exige a Israel que abdique dos territórios conquistados pela guerra. Contudo, Israel ocupa mesmo os territórios, por duas razões: para uns era a oportunidade de criar a Grande Israel biblica, para outros tratava-se de garantir a paz.
Em 1967, na guerra dos seis dias, Israel obtém, contra as previsões, uma vitória total sobre os estados árabes, ocupando Jerusalém Leste, a Cisjordânia, Gaza (a antiga Palestina mandatária), o Sinai egípcio e o Golan sírio. Os países árabes são completamente humilhados. A ONU, porém, com a resolução 242, exige a Israel que abdique dos territórios conquistados pela guerra. Contudo, Israel ocupa mesmo os territórios, por duas razões: para uns era a oportunidade de criar a Grande Israel biblica, para outros tratava-se de garantir a paz.
Ainda no
ano de 1967, na Cimeira de Cartum, os
países árabes defendem a não reconciliação, o não reconhecimento de Israel e o
não às negociações. E os Palestinianos defendem a luta armada, porque Israel se
recusa a com eles dialogar.
Em 1973
surge uma nova guerra ( a guerra do Yom Kippur) com Israel no campo de
batalha contra o Egipto e a Síria. A União Soviética ameaça intervir, e os EUA
mantêm a postos o seu arsenal nuclear. Mais uma vez Israel sai vencedor
humilhando os países árabes. Em 1978 Sadate rende-se a Jerusalém, propondo a
paz. As negociações conduzidas pelos EUA, terminam com o acordo de paz em Camp David. Os estados
árabes repudiam o Egipto, por este ter assinado uma paz separada, e este alia-se aos EUA conseguindo uma ajuda
económica.
Em 1982,
Israel atira-se ao Líbano para desalojar os combatentes palestinianos aí
instalados. Yasser Arafat que criou a OLP (Organização de Libertação da Palestina)
em 1964, é forçado a abandonar Beirute. Mas Israel não sai incólume dessa
acção, pelos massacres a civis aí desencadeados. A partir de 1987,
desencadeia-se a Intifada (Revolta das Pedras), movida por jovens
palestinianos contra a ocupação israelita.
A partir
daqui, é o que toda a gente sabe ...
Concluindo,
os contornos desta questão são conhecidos e estão definidos em vários
documentos:
1 –
Criação de um Estado palestiniano ao lado de Israel;
2 –
Direito de Israel a existir em fronteiras seguras e reconhecidas;
3 –
Jerusalém, capital dos dois Estados, sendo o Estado palestiniano criado perto
das fronteiras de 1967, com eventuais rectificações fronteiriças, na condição
de estas serem compensadas ao nível territorial e mutuamente concedidas.
Talvez a
grande dificuldade esteja velada pela criação da “Grande Israel” bíblica,
defendida por certo sector da sociedade israelita. Mas o que é um facto, é o constante ataque terrorista a Israel. Anote-se que aquando da Guerra do Golfo, o povo judeu foi bombardeado pelo Iraque sem "dar cá aquela palha".
Armando
Palavras
Actualizado em 27 de Julho de 2014
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