quinta-feira, 3 de abril de 2014

A alma transmontana do Dr. António Passos Coelho

Pai de Passos Coelho diz não se rever nestePortugal

Pai de Passos Coelho assegura que filho “está morto por se ver 


Descolonização foi feita "à pressa", diz António Passos Coelho - pai de Passos Coelho.


António Passos Coelho considerou ainda que o Portugal de hoje “é uma coisa séria” e culpa os políticos, dos vários Governos PS e PSD, pelo estado a que o país chegou
A descolonização portuguesa foi feita “à pressa” em Angola, país que ficou entregue a partidos armados que faziam guerra em vez de política, afirmou hoje o médico António Passos Coelho, que há 40 anos vivia em Luanda.

Tempo Caminhado: Caramulo,  

Tempo Caminhado: CARAMULO


 

A Revolução de Abril apanhou o médico pneumologista em Luanda, onde residia com a mulher e os quatro filhos, entre eles o atual primeiro-ministro, e ocupava o cargo de diretor de hospital e chefe do serviço de combate à tuberculose.
Nascido em Vale de Nogueiras há 87 anos, em Vila Real, António Passos Coelho deixou o Caramulo em 1970 para embarcar naquela que viria a classificar como a “loucura africana”, ao aceitar o desafio lançado pelo então ministro do Ultramar de organizar um serviço de pneumologia moderno em Angola.

A.Passos Coelho

Tempo Caminhado: Angola, Amor Impossível



Esta passagem por África inspirou, anos mais tarde, o livro “Angola, amor impossível”, em que o autor aborda a guerra, o 25 de Abril e a descolonização.
Na altura, encontrou uma Angola onde a “vida era normalíssima” e apenas do norte e leste chegavam alguns relatos da atividade da guerrilha. Primeiro passou pelo Bié e, só depois, se instalou na capital para colocar em funcionamento um novo e moderno hospital.
A notícia da revolução foi-lhe dada por uma enfermeira, mas não ligou. O “puto”, como em Angola chamavam à metrópole, estava demasiado longe, mas depois o país africano “entrou em efervescência”.
Quanto à descolonização, afirmou à agência Lusa que “foi tudo feito à pressa”. “Eu acho que a independência deveria ter sido dada com o auxílio da ONU ou da organização das Nações Africanas, deveria ter sido assim, de maneira a ter lá uma força qualquer que evitasse a guerra entre eles”, salientou.
O MPLA ou a UNITA eram “partidos armados” que “não faziam política” e o resultado foi, na opinião do médico, “uma guerra que matou famílias inteiras” e “destruiu Angola”.
António Passos Coelho acreditava que o país caminhava já há alguns anos para uma independência que iria acontecer com ou sem 25 de abril e revelou que, quando estava a recrutar pessoal para o hospital, recebeu uma “confidencial” que dizia para contratar também angolanos.

Fonte:  

http://www.ionline.pt/artigos/portugal-25-abril/descolonizacao-foi-feita-pressa-diz-antonio-passos-coelho

 

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