terça-feira, 11 de março de 2014

National Geographic - Março 2014

Março 2014

Nesta edição, investigámos um enigma em Florença com mais de quinhentos anos. No mar, medimos o pulso ao debate sobre o futuro da pesca do atum, com uma piscadela de olhos aos Açores. Seguimos para o espaço e procurámos explicar o que nem Einstein imaginou: como funcionam os buracos negros. Na Nova Zelândia, encontrámos um paraíso de jade – um contraponto violento com a situação conturbada de Damasco, enquanto aguarda pela chegada da guerra. Em Portugal, acompanhámos uma investigação pioneira da Universidade dos Açores com as mantas.

Editorial

Cúpula da catedral de Santa Maria del Fiore
Reza a história que, ao abandonar Florença para se mudar para Roma, Miguel Ângelo dirigiu um último olhar para aCupolone, o nome que os florentinos dão à cúpula da catedral de Santa Maria del Fiore. Referindo-se ao seu próximo projecto na Basílica de São Pedro do Vaticano, o artista terá comentado: “Construirei outra cúpula que será sua irmã; será maior, sim, mas não será mais bela.” Miguel Ângelo expressava desta forma a sua admiração por outro génio renascentista, Filippo Brunelleschi, que um século antes tinha recebido a tarefa de coroar a catedral gótica inacabada. A grandeza da cúpula de Brunelleschi reside não apenas no tamanho (a maior até então), mas também na demonstração da inteligência e coragem necessárias para resolver os problemas técnicos que surgiram durante a sua execução. Antes mesmo do início da construção, o projecto foi debatido naquela cidade vibrante onde a criatividade e o talento artístico brotavam por todo o lado, estimulados pela prosperidade económica e por uma nova concepção do mundo.
Actualmente, a catedral continua a ser um desafio para os peritos. 
A partir de achados recentes (como a descoberta de uma pequena cúpula enterrada perto do Duomo, talvez um modelo em pequena escala idealizado e utilizado por Brunelleschi), os historiadores tentam descobrir todos os passos que permitiram construir com êxito esta jóia da arquitectura. As teorias acumulam-se e contrapõem-se em torno da obra de uma mente genial que deixou escassa documentação escrita.

Isto é o que sucede às obras-primas: transcendem o lugar e a época que as viu nascer e escapam às sucessivas interpretações ao longo da história, revestindo-se de um efeito duradouro. São obras abertas que nunca nos cansamos de admirar. Estranhamente familiares e indescritíveis, seduzem-nos e escondem ao mesmo tempo a sua natureza intrínseca.

Domo

Domo
Texto de Tom Mueller Fotografias de Dave Yoder
Como conseguiu um ourives conhecido pelo seu mau feitio e sem formação de arquitecto criar uma das jóias do Renascimento italiano? 

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