segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Virgilio Gomes - Cavacas e cavacorios


Virgilio Gomes
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Gravura de Gustave Doré (1832-1883sobre parábola de S. Lázaro
Começo por escrever que os Cavacórios são parentes próximos das variadas Cavacas que encontramos um pouco por todo o Portugal. Muito embora as cavacas sejam um produto que se encontra, felizmente, em venda durante todo o ano, os Cavacórios de S. Lázaro, anunciavam a chegada do período pascal na região de Vila Real. E anunciavam porque também os cavacórios passaram a ter outra utilização e muitas vezes encerram uma refeição especial. Os cavacórios têm a serventia de copo para “vinho fino” ou Vinho do Porto para celebrar. Temos várias origens para as cavacas e genericamente são doces secos em forma de concha, de diferentes tamanhos sendo sempre os cavacórios de uma dimensão maior, mas serão todos da mesma família.

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Cavacórios
Há várias estórias que tentam associar este doce à história de S. Lázaro, muito embora o S. Lázaro, o ressuscitado por Jesus e sendo considerado o seu maior milagre, e celebrado a 17 de Dezembro é outro. Este S. Lázaro, o dos Cavacórios, é celebrado no Domingo que antecede o Domingo de Ramos, é uma festa móvel e representa uma parábola da Bíblia, simbolizando o S. Lázaro como protetor dos pobres, e a figura que representa o bem em contraponto à ostentação dos ricos.
 Vejamos as diferentes cavacas que encontramos pelo país, que são uns doces facilmente integrados no que eu chamo de doçaria popular ou regional, cujo consumo continua associado às grandes festas e romarias que animam este país, e muitas delas de origem religiosa mas cada vez com mais manifestações lúdico profanas. As regiões de maior número de diferentes cavacas parecem ser as beiras.
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Cavacório







A tempo de desenvolver uma tradição que inicia o período pascal:


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