terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A Paisagem Nórdica do Museu do Prado no Museu de Arte Antiga (LISBOA)

                        Rubens                                       Brueghel                                           Lorrain


Peter Paul Rubens nasceu a 28 de Junho de 1577, na pequena cidade de Siegen, a Oeste de Colónia. Dois anos depois da morte do pai vai para Antuérpia. Aos 13 anos começa a aprender desenho copiando as ilustrações biblicas de Tobias Stimmer. Torna-se aprendiz de Tobias Verhaegt, trabalha com Adam van Noort e entra para o atelier de Otto van Veen. Em 1598 é admitido como mestre da guilda de pintores de São Lucas. Segue em viagem para Itália, observa as obras de Ticiano, Tintoretto e Veronese e segue para a corte do duque de Mântua. Torna-se diplomata. Com a pensão de Gonzaga, Rubens pinta para o duque três obras primas: A Santissima Trindade Adorada por Vicenzo Gonzaga, A Transfiguração e o Baptismo de Cristo e o Retrato da Marquesa Brigida Spinola.
A 30 de Maio de 1638 morre.
Rubens é, para muitos, o “rei do Barroco”. Pinta corpos nus rosados, rechonchudos. Os seus quadros são exuberantes e cheios de humor. Rubens era um homem alegre, cheio de vitalidade. E exerceu uma influência enorme sobre os pintores do seu tempo.
As suas “invenções pictóricas” gigantescas, foram pioneiras em termos de composição, desenho e cor. Pintou todos os temas maiores da pintura.
Era vaidoso!

Jan Brugel, o Velho, nasceu em Bruxelas no ano de 1568 e morreu em Antuérpia no ano de 1625. Foi o segundo filho de Pieter Brugel, o Velho. A sua nomeada era “veludo” ou “flor”, porque tinha uma predilecção por alguns temas e pela pintura luminosa em esmalte. A sua obra que se distingue da do pai, graças a uma delicadeza de miniaturista e a uma técnica apurrada, foi orientada pela avó, pintora de miniaturas, e por alguns dos seus professores. Esteve em Itália e trabalhou em Roma e Milão. Em 1597 regressa a Amesterdão, tornando-se membro da Guilda de São Lucas. Homem abastado e respeitado, era amigo de Rubens, colaborando com ele em alguns trabalhos.
Pintou muitas das suas paisagens, como se o observador estivesse colocado num ponto alto, observando a perspectiva de cima. São as suas paisagens “universais”. Na segunda década do século, modifica-as. Mostram terra plana, interrompida por alguns motivos, como moinhos ou cabanas, banhadas por uma luz variável. Os caminhos são diagonais, dando a impressão de distância e profundidade. O horizonte é colocado numa posição alta do quadro.

Claude Lorrain, nasceu no ano de 1600 em Chamage (Lorraine) e morreu em Roma no ano de 1682. Foi para Roma com catorze anos. Trabalhou em alguns ateliers, como o de Agostino Tassi. Tornou-se membro da Academia de São Lucas em 1634, tornando-se no principal pintor paisagista de Roma.
Teve uma extraordinária relação com a natureza, principalmente com a paisagem rural das imediações de Roma, que estudou “in loco”, nas várias horas do dia. Foi mestre na interpretação da mutabilidade da luz.
É , talvez, o primeiro artista que pode ser designado pintor de paisagens no sentido moderno. As suas figuras são parte determinante da paisagem.
O grande tema (“central”) da pintura do século XVII, é a luz. Uma iluminação a partir de uma fonte invisivel. Tratada em Caravaggio, ou La Tour. Podemos, no entanto dizer que Claude Lorrain, a tratou ousadamente pela primeira vez nas suas paisagens.
A luz parece chegar ao observador, a partir de um mundo imaginário, não de um mundo real.
As suas paisagens caracterizam-se ainda pela atmosfera calma e pela paleta variada de tons suaves.

Armando Palavras

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A Exposição | Prado em Lisboa

Museu Nacional de Arte Antiga


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