sábado, 28 de dezembro de 2013

KAIA, a história da menina queniana



Kaia*, uma menina de 11 anos que sobreviveu a um estupro, processou as autoridades do seu país por não protegê-la -- e venceu. Nós podemos usar este precedente para ajudar outras mulheres, mas para isso precisamos de recursos financeiros. Se cada um de nós se comprometer com uma pequena quantia no valor de €4 agora, poderemos fazer desta vitória o começo de uma série de avanços na proteção aos direitos das mulheres:  


comprometa-se agora


Kaia* tinha apenas 11 anos quando foi atacada e violada a caminho da escola. Um professor a levou ao hospital, mas a polícia lhe cobrou um suborno até mesmo para registrar o depoimento.
Então, Kaia tomou uma atitude incrivelmente corajosa. Ela processou a polícia por não a ter protegido. O que aconteceu em seguida foi ainda mais incrível.
No Quênia, onde Kaia vive, uma mulher ou menina é vítima de estupro a cada 30 minutos. A polícia de lá frequentemente faz vista grossa para essa realidade, isolando ainda mais as jovens sobreviventes e reforçando a ideia de que o estupro é algo correto
Kaia e dez outras jovens sobreviventes desafiaram essa situação. No dia do julgamento, ignorando ameaças e um bloqueio da segurança da corte, elas marcharam do seu abrigo até o tribunal, cantando “Haki yangu” — "eu exijo meus direitos" em suaíli. Então, o juíz proferiu sua decisão: as meninas venceram!
Os ativistas e defensores dos direitos humanos que trabalharam com Kaia estão preparados para abrir processos similares contra forças políciais em toda a África e ao redor do mundo, mas para fazer isso, precisamos de recursos financeiros. Nós não debitaremos as doações até atingir a nossa meta, mas se 30 mil de nós nos comprometermos a doar €4 agora podemos replicar esta vitória revolucionária em outros países, 
lembrando a polícia de que o estupro é crime e dando um grande passo no combate à violência contra a mulher. 




Tudo parecia indicar que Kaia seria mais uma de incontáveis vítimas de estupro ignoradas pela polícia. Mas uma defensora dos direitos das crianças, a queniana Mercy Chidi, e uma advogada canadense especialista em direitos humanos, Fiona Sampson, uniram forças para desafiar essa injustiça nos tribunais.
O plano foi traçado no Quênia por um grupo de pessoas do Canadá, Quênia, Malawi e Gana -- parecia impossível processar a polícia por negligência, mas o grupo insistiu nessa ideia, decidiu arriscar… e entrou para a história. O trabalho está apenas começando: como acontece com qualquer vitória, precisamos de tempo, esforços e recursos financeiros para garantir que a decisão do juiz prevaleça e, assim, utilizá-la como um precedente para acabar com a violência contra a mulher.
Se conseguirmos recursos suficientes, estas são algumas das coisas que podemos fazer para transformar uma grande vitória no Quênia em um triunfo em toda a África e também no resto do mundo: 
- ajudar a financiar mais processos como este, na África e em todo o mundo 
- garantir que decisões judiciais pioneiras como esta sejam cumpridas por meio de estratégias de campanhas de grande impacto 
- exigir campanhas públicas de educação eficazes para atacar a raiz da violência sexual e ajudar a erradicá-la de uma vez por todas 
- reagir a mais oportunidades de campanhas como esta – com estratégias inteligentes que possam virar o jogo no combate à violência contra a mulher. 
Comprometa-se com €4 agora para nos ajudar a começar este trabalho importante o mais rápido possível -- nós não vamos debitar nenhuma contribuição até atingirmos a meta de 30 mil doações para lançar esta iniciativa: 




Como cidadãos, frequentemente apelamos aos líderes políticos e a outros oficiais para que eles levem a sério a proteção aos direitos das mulheres. É importante que continuemos a fazer isso, mas quando eles não escutam a própria consciência, precisamos apelar aos seus interesses e levá-los à Justiça. Assim enviamos uma mensagem poderosa: não apenas há novas consequências para seus crimes, mas está chegando ao fim a era em que a misoginia que não é contestada em nossa cultura e sociedade.


Com esperança,


Ricken, Maria Paz, Emma, Oli, Nick, Allison, Luca e toda a equipe da Avaaz
* Kaia é um pseudônimo, mas a história dela é real. Não utilizamos sua foto neste e-mail.
Mais informações:



No Quênia, uma vitória para as garotas e para os direitos (UOL)

Canadenses forçam polícia queniana a responder por negligência a registros de abuso sexual de garotas (em inglês) (National Post)

Oportunidade de justiça para vítimas de estupro (em inglês) (Toronto Star)

Mulheres africanas em sua pior situação - realtório (em inglês) (iOl News)

Africa: violência contra mulher é epidêmica (em inglês) (AllAfrica)

Caso de estupro na Índia enfraquece o país (em inglês) (The Daily Beast)

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