sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Actividades Governamentais



Governo avança com elaboração de plano sectorial de riscos

O Secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo d’ Ávila, e o Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, assinaram no dia 20 de novembro um despacho conjunto que determina a elaboração do Plano Setorial de Prevenção e Redução de Riscos (PSPRR), que vida definir as orientações estratégicas nacionais para a prevenção de riscos naturais, tecnológicos e mistos, bem como as medidas e dispositivos de minimização dos seus efeitos. Com esta medida, Portugal coloca-se na dianteira a nível nacional na abordagem aos riscos naturais e tecnológicos.
«Pretendemos que o futuro plano sectorial se materialize num documento estratégico em matéria de inventariação de riscos e na definição de orientações para outros instrumentos de gestão territorial, particularmente para os planos municipais de ordenamento do território, de forma a que todo e qualquer processo de tomada de decisão seja o mais informado a este nível», afirma o Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo.
A atual legislação em vigor em matéria de ordenamento do território (OT) tem-se revelado insuficiente para assegurar a gestão preventiva dos riscos naturais e tecnológicos.«A necessidade de uma nova abordagem ao risco está perfeitamente identificada»,sustentaPedro Afonso de Paulo. Efetivamente, o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), publicado em 2007, reconhece, de entre um conjunto de problemas para o OT, a «insuficiente consideração dos riscos nas ações de ocupação e transformação do território, com particular ênfase para os sismos, os incêndios florestais, as cheias e a erosão das zonas costeiras». Este documento identifica ainda como uma medida prioritária «avaliar e prevenir os factores e as situações de risco, e desenvolver dispositivos e medidas de minimização dos respetivos efeitos».
«Na avaliação que efetuámos, nomeadamente, ao regime jurídico da reserva ecológica nacional [RJREN], constatamos a inadequação e insuficiência das áreas e critérios da REN para assegurar a prevenção e redução de riscos. O facto de, na delimitação da REN, não existir uma efetiva avaliação ou ponderação global e integrada de todos o interesses públicos envolvidos na atividade de planeamento, constituiu um fundamentoacrescidopara a revisão do RJREN através do futuroplano setorial de riscos», frisa.Nesta abordagem ao risco, destaca Pedro Afonso de Paulo, «Portugal posiciona-se na dianteira: a nível comunitário, na medida em que está prevista a definição em 2014 de uma política comunitária de gestão de risco, em cujo âmbito cada Estado-Membro deverá proceder à avaliação e cartografia dos riscos». Mas também a nível nacional, atendendo a que, considera o governante, até ao presente, o tratamento dos riscos na vertente de OT nos processos de planeamento e nas ações de ocupação e transformação do território tem sido insuficiente, ao passo que na vertente proteção civil, os riscos têm sido abordados apenas numa perspetiva de resposta em caso de acidente ou catástrofe.
«É, portanto, reconhecida hoje a necessidade duma articulação mais estreita entre os IGT e os planos de emergência de proteção civil (PEPC). E este ato hoje, entre as duas tutelas com competência nestas matérias, é a manifestação desse reconhecimento e o primeiro passo oficial para a mudança de paradigma que se pretende empreender», realça Pedro Afonso de Paulo.
De acordo com o governante que tutela a pasta do ordenamento do território, em cujo âmbito se está a proceder a uma ampla revisão dos principais instrumentos de gestão do território (IGT) e à elaboração de uma proposta de lei de bases do território, solos e urbanismo, «os objetivos específicos do futuro plano sectorial encontram-se alinhados com os objetivos estratégicos da revisão global da legislação relativa ao OT e de urbanismo, particularmente no domínio da simplificação dos procedimentos de elaboração dos planos de OT e da consolidação normativa dos regimes territoriais especiais».
O Secretário de Estado do Ambientee do Ordenamento do Território destaca, porém, que, «não se trata apenas de alcançar uma simplificação de procedimentos, em causa está também a promoção de uma maior e mais real articulação entre planos e, por conseguinte, de uma maior transparência para o cidadão no que respeita aos processos de decisão, bem como para a competitividade territorial e do país».
Efetivamente, sustenta o governante, «amanifesta falta de sistematização legal nesta área tem exigido à Administração Pública e aos particulares, o cumprimento de procedimentos idênticos - ou por vezes até contraditórios - para o mesmo objeto administrativo, o que induz a uma complexificação dos processos e uma morosidade que se materializam em inegáveis perdas para a competitividade económica do território nacional».

 



ON.2 DISPONIBILIZA 12 MILHÕES DE EUROS
PARA EDIFÍCIOS E EQUIPAMENTOS DE
SEGURANÇA PÚBLICA


O “ON.2 – O Novo Norte” (Programa Operacional Regional do Norte) disponibilizou 12 milhões de Euros para a qualificação de edifícios e aquisição de equipamento em esquadras da Polícia  de Segurança Pública e postos da Guarda Nacional Republicana da Região do Norte. Trata-se de um apoio importante face às condições que estas infraestruturas apresentam.
O cofinanciamento agora disponibilizado, resultante de um compromisso assumido no âmbito do recente exercício de reprogramação, decorre de um concurso ontem publicado pelo ON.2, no contexto do apoio a equipamentos e serviços coletivos de proximidade, e dirigido à melhoria da qualidade de vida das populações e a uma maior equidade nas redes locais de equipamentos.
Na seleção das candidaturas que avançam com o apoio dos fundos comunitários estão critérios como a adequação dos equipamentos à pertinência das necessidades locais, identificadas pelo Ministério da Administração Interna, e a inserção em municípios com níveis de cobertura de serviços de segurança pública mais reduzidos.
Porto, 20 de novembro de 2012
Gabinete de Marketing e Comunicação da CCDR-N | gmc@ccdr-n.pt | telf. 226 086 355 | fax 226 061 480

 De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"

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