sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Virgilio Gomes - Da praia de Pedrogão ao chocolate


Virgilio Gomes
Praia de Pedrógão

Quinta, 30 Agosto 2012 16:08

Há surpresas que sabem bem. Desafiado, pelo meu Amigo Gonçalo dos Reis Torgal, para almoçar e comer uma cabeça de peixe, eis-me ao volante a caminho da Praia de Pedrógão, local que não me lembro de alguma vez ter visitado. Saído de Lisboa até à Marinha Grande, depois Vieira de Leiria mais uns quilómetros e estamos na Praia de Pedrógão. Como tenho o hábito de chegar antes da hora marcada, tive tempo de ir à praia e ver a arrumação e reparação das redes de pesca, e facilmente perceber que aquele local terá sido inicialmente um bairro piscatório e desde meados do século passado, transformado num local de veraneantes e mesmo um local de residências secundárias. Há registos de centro piscatório desde o século XIX. Aquilino Ribeiro notabiliza este local no seu livro, que iniciou a escrever em 1922, “A Batalha sem Fim”. Como o dia estava ventoso, e bandeira vermelha, fez-me lembrar as primeiras praias que conheci, Leça da Palmeira e Póvoa de Varzim. E o dia estava parecido como muitos daquelas praias para as quais se levava sempre um agasalho pois quando não havia nortada de manhã, decerto que havia à tarde

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Chocolate
 
Quinta, 16 Agosto 2012 16:37

Todos nós iniciámos a nossa relação com o chocolate de forma emocional. O chocolate significaria um presente, um doce, um prémio, um aconchego, ou até uma solução para contrariar a tristeza.

O chocolate, enquanto produto que hoje consumimos, passou por uma evolução muito grande. Há registos, recentemente descobertos, que indiciam a sua utilização há mais de três mil anos. Supõe-se que a sua utilização remonta às civilizações pré-colombianas da América Central e, basicamente, resulta da amêndoa do cacau depois de fermentada e torrada. Apesar de se popularizar, os primitivos utilizavam o chocolate como uma bebida amarga e quente. Era, no entanto, reservado inicialmente à nobreza e, posteriormente, às camadas superiores daquelas civilizações. Era também objeto de oferenda aos deuses. Notícias da civilização maia, sabemos que era uma bebida amarga chamada de xocoatl, que terá dado o nome de chocolate que os espanhóis divulgaram. Os maias já lhe juntavam baunilha e pimenta, e atribuíam-lhe qualidades de estimulante ou revigorante, e funcionava como afrodisíaco. A sua função continuava a ser especialmente para fins cerimoniais de dedicação aos deuses e também, pelo seu elitismo, funcionava como moeda de referência para trocas, até para aquisição de escravos.
 
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