terça-feira, 7 de agosto de 2012

Uma mais valia – sem barragem

           Costa Pereira

Portugal, minha terra.


No leito do rio Olo
Com o título: As “Quedas do Cabril…”, publiquei no blog Portugal, minha terra, em 29/11/08, um artigo que meia centena de comentários à volta do seu conteúdo acabou por muito o valorizar. No momento em que as barragens continuam a estar na berlinda, com os técnicos da UNESCO no terreno a quererem mandar parar as obras da barragem do Tua, e com as Fisgas de Ermelo entre as 21 praias selecionadas para a eleição das 7 Maravilhas de Portugal – Praias (selvagens) que vai ter lugar no próximo mês de Setembro, é oportuno relembrar o crime que constitui para Mondim de Basto destruir os encantos do Tâmega e, consequentemente, praias fluviais e selvagem como esta que o rio Ôlo alimente. Para dar uma ajudinha mais, nesta causa, servi-me de 4 desses tais comentários que a negrito faço anunciar, e deixo aqui ao apreço dos leitores de Tempo Caminhado:
Viva a Alma Transmontana!!! Qualquer Transmontano com verdadeiro amor ao Torrão Natal, sente como se fosse na sua pele, os atentados devastadores a este "Reino Maravilhoso" que são as nossas montanhas e os rios da nossas terras. Pois se o Poder Central, ignora e esquece esta região, que por isso se encontra cada vez mais desertificada, mais pobre, devido ao encerramento de estruturas, das poucas e fracas que chegou a ter; desde o fecho de escolas primárias, de linhas férreas e até de centros de saúde e maternidades; então atenção!...Pelo menos não toquem na paisagem de Trás-os-Montes, ó Senhores do Poder !!! Não escondam as nossas fragas!!! Deixem-nos ao menos estar ao pé do rio da nossa aldeia...!
E logo outro vem a responder: -“Muito obrigado pelo encorajamento. E bom fim de semana. Um abraço.
Isto aqui, há - de haver muita gente que pense que estas mudanças vão ser a salvação para o desemprego, convencendo-se que vai ser a sua independência ou pelo menos onde irão parar os que estão a trabalhar fora e que estão para regressar; mas que não se iludam. Quando foi das obras do porto de Sines, até foguetes o pessoal da terra , lançou, e  a seguir chorou. Tomaram que nunca acontecesse, foi uma ilusão, e uma grande revolta, só ganharam meia dúzia deles, e as empresas de transportes, com pessoal para cima e para baixo. O povo da terra, ficou quase sem identidade, sem origens e sem história para contar.  
Nunca se melhora , quando é alterado o microclima de onde fomos habituados a viver. Perdemos as raízes. Espero que haja consciência e não vão avante com as barragens.
Boas noites. Por Basto
”. Concordando, alguém acrescentava: - “É a verdade, de dois transmontanos e também duma transmontana!!! Sim, mas ao que parece divergem no que respeita à defesa do património histórico e paisagístico da região, que sabemos sairá profundamente abalada com a criminosa construção da projetada barragem de Fridão, no rio Tâmega. Como já não bastasse o poder e arrogância com que a EDP atua neste país, que faz lembrar os tempos da outra senhora, tem ainda pelo seu lado o apoio ou aceitação de uns tantos adormecidos que sonhando com milhões abrem a porta ao inimigo. E quando acordarem já é tarde. Eu sei que lutar contra a força do "Tem que ser" é muito difícil, mas era muito mais honroso para os verdadeiros amigos da região, e neste caso para todos os transmontanos de Basto, dizer ao governo e à EDP : não e não, à barragem de Fridão ! Não se enganem, nem enganem o nosso povo, levem-no a ver e a conversar com os naturais das terras com barragens: Pisões, Venda Nova, Salamonde, Caniçada, Ponte de Sor, Avis, Aguieira, Alqueive, na certeza que ali ouvirão dizer o que todos sabemos: "se alguém beneficia do empreendimento não são os que disponibilizaram a área ocupada". Mas não quero estar aqui a pregar sermões aos peixinhos, até porque  nem Tonho sou. Um abraço e bfs”.




 Encerro com mais este comentário que vem muito a-propósito:
Feliz ideia, esta de chamar à ribalta o nosso inconfundível mondinense Luis Jales de Oliveira, o "Ginho " ! O autor d' "OS SEGREDOS DA PIRÂMIDE VERDE" que em prosa fluente sintetiza a história global da região de Basto, mormente a do concelho que nos faz conhecidos por mondinenses. Grande Poeta e grande Prosador que muito admiro e tenho por dileto Amigo. Parabéns a quem se lembrou de o incluir no número daqueles amigos e defensores da paisagem natural que caracteriza a nossa região, onde o vale do Tâmega, do Ôlo e do Cabril são uma mais valia” - sem barragem.

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