«Em 1997, Pedro Rosa Mendes propôs-se realizar uma viagem impossível: a travessia do continente africano, por terra, «De Angola à Contracosta». Tratava-se pois de cumprir o famosíssimo trajecto de Capello e Ivens, um século depois, muitas guerras depois, através de estradas já mortas e campos semeados de minas. Este livro não se resume ao relato dessa aventura. Ele constrói-se a partir das histórias, narradas na primeira pessoa, dos extraordinários personagens que Pedro Rosa Mendes descobriu. Heróis anónimos, habitantes dos limites da vida, e também monstros, estranhos monstros, reinventando o horror no seu vasto território de sombras.
Portugal precisava de um livro como este. Um livro capaz de justificar todo um passado comum de errância pelo mundo e de renovar a chamada literatura de viagens. Neste caso, grande literatura.»
José Eduardo Agualusa
Pedro Rosa Mendes é escritor e jornalista. Nasceu em Cernache do Bonjardim, Portugal, em quatro de agosto de 1968. Estudou Direito em Coimbra.
Escritor e jornalista, distinguido com vários prémios de reportagem. Estreou-se como escritor em O Melhor Café, do fotógrafo Alfredo Cunha (1996). Três anos depois publicou o seu primeiro livro, Baía dos Tigres que recebeu o Prémio Pen Clube de Romance [que alcançou expressiva repercussão em Portugal] e o Prémio Fernão Mendes Pinto da Câmara Municipal de Cascais e está traduzido em mais de vinte países. A crítica alemã colocou-o na lista dos melhores romances traduzidos em 2001. Em 2002, saiu o álbum de reportagens Ilhas de Fogo, em co-autoria com o ilustrador Alain Corbel. É ainda co-autor de Topografias da Vinha e do Vinho (2002). Publicou vários contos, ensaios e reportagens em revistas como Egoísta, Ícon e Tabacaria (Lisboa), Grand Street (Nova Iorque), Lettre International (Berlim), El País Semanal (Madrid) e Terra Negra (Bruxelas). Integrou o projecto internacional de fotografia "Borders and Beyond/Au-delà des Frontières", da Pro-Helvetia/Fondation Suisse pour la Culture (Rotpunktverlag, Zurique, 2002). Foi convidado da fundação alemã Schloss Wiepersdorf no ano 2000 e beneficiou, no ano seguinte, de uma bolsa do IPLB/Ministério da Cultura. Reside actualmente em Berlim, no âmbito do programa de artistas residentes do DAAD-Deutscher Akademischer Austauschdienst.
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