José Manuel Verissímo (Fragata) |
O Relógio
Doze estrelas brilham num universo fechado,
Cadenciadamente trespassadas pelo constante rodopio
Das pernas irrequietas do medidor do tempo,
Num tic-tac sonoro, limitado e contínuo.
Suspensas de braços que o tempo abraça,
Outrora verdes, agora alaranjadas,
Folhas Outonais desta árvore se vão soltando,
Pelo sopro do vento embaladas,
Em espiral, uma a uma vão caindo.
O chão do tempo vão atapetando,
Obedecendo ao strip-tise repetitivo,
Da árvore, mais uma vez se despindo,
tic-tac,… silencioso, infinito e sucessivo…
tic-tac, tic-tac, tic-tac…
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