quinta-feira, 25 de abril de 2024

A baboseira ...

 

Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais, diz Marcelo


Presidente da República declarou que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado e que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos”. “Temos de pagar os custos.”

https://www.publico.pt/2024/04/24/politica/noticia/portugal-pagar-custos-escravatura-crimes-coloniais-marcelo-2088143


Isto é o que se retira da entrevista de ontem do Presidente da República a jornalistas estrangeiros. Serão declarações de boa intenção, mas levianas. 

1 - Em termos colectivos, há 50 anos que os Estados africanos que pertenceram ao império português têm sido indemnizados em vários tipos de acções. Desde logo com toda a obra pública que o Estado português ali deixou. As pontes e estradas que ali se deixaram são ainda hoje mais sustentáveis do que aquelas que se fizeram há meia dúzia de anos.

Ainda há cerca de dois anos, um museu em Luanda foi patrocinado pelo Estado português.

2 - As negociatas que se elaboraram em Portugal através de uma certa família angolana, indemniza muito bem a roubalheira que essa família fez ao seu próprio Povo.   

3 - A escravatura transatlântica patrocinada pelo Estado Português foi, antes de tudo, patrocinada pelos próprios potentados africanos.

4 - Além dos potentados africanos, os Árabes foram os principais esclavagistas no continente africano.


O Estado Português não tem que indemnizar ainda mais os Estados Africanos (muito menos o Brasil) onde desempenhou papel colonial, sem ter em conta o contexto histórico. Até porque os mais vastos e actuais estudos sobre estas questões, concluem que a pobreza endémica desses países, se deve à roubalheira da sua elite politica e quejandos. 

Esta baboseira (pela lei não posso adjectivar mais do que isto) não faz sentido. Em termos éticos, a ter que pagar custos deste género, seriam individuais. Qual é a família africana (ou brasileira) que tem memória de ter ascendência de escravos, depois de 400 anos?

Quantos cidadãos portugueses que trabalharam uma vida com honestidade, nessas antigas colónias, foram indemnizados, pelo património e trabalho que lá deixaram? Que se saiba, com "uma mão à frente e outra atrás" foram, de forma ligeira (a maioria) apoiados pelas nações europeias, através de um instrumento que se chamou IARN.

Mas deve lembrar-se que os cidadãos belgas que estavam no Congo, foram indemnizados, segundo o seu património e o seu trabalho!...


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