quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A verdade de Jorge Sampaio é a mentira do PS de hoje

No simbólico dia 1 de Dezembro recebi da filha do saudoso «vice-rei do Norte», general Pires Veloso, o texto em circulação nas redes sociais, de uma Petição «para dignificar e respeitar a Bandeira de Portugal».

Claro que a esmagadora maioria dos mancebos da minha geração que fomos à guerra do Ultramar, nos treze anos de combate, devem assinar, sem hesitações esta petição.

A Bandeira é o maior símbolo da Lusofonia que, em 2028, comemorará novecentos anos de história. Inseparável da Bandeira é o Hino Nacional que ecoa nos jogos olímpicos e em todos os atos internacionais em que brilha.

Jorge Sampaio, cujo pai nasceu em Guimarães, foi confrontado, frente ao Castelo da Fundação da Nacionalidade, acerca da vantagem, em transferir o dia de Portugal, de 10 para 24 de Junho, data irrefutável da primeira tarde Portuguesa: proclamou, alto e bom som, que «não permitiria qualquer mexida nos símbolos de Portugal»

O ex-ministro Nuno Severiano Teixeira proferiu, no seu tempo de governante, sobre o valor da Bandeira e das suas cores escreveu que «o propósito dessa comunicação era essencialmente a história de um símbolo -- a dinâmica da sua imagem, o significado da sua simbólica - no percurso que vai das suas origens a signo da identidade nacional - a bandeira portuguesa. 

Manuela Goucha Soares, em 10 de Junho de 2015 afirmou: «esta quarta-feira, 10 de Junho, assinala-se o Dia de Portugal. Eis a história da bandeira nacional, que à semelhança da roupa também teve as suas modas. E descubra que o vermelho não representa o sangue dos heróis, nem o verde a cor dos mares desbravados pelos marinheiros dos Descobrimentos portugueses».

Esta mesma jornalista  foi assessora de imprensa do Ministro da Administração Interna do XIV Governo Constitucional, Nuno Severiano Teixeira (entre dezembro de 2000 e janeiro de 2003); e na Presidência Portuguesa da Organização de Segurança e Cooperação na Europa – OSCE. Em julho de 2010 fez a assessoria de imprensa do Provedor de Justiça de Portugal, até julho de 2013. Ciente do tema e da importância do simbolismo, escreveu: há quem morra para defender um bocado de pano. Ou pelo menos o que ele representa. E isto acontece porque esse bocado de pano provoca em muitos, uma intensa vibração. Uma pulsão patriótica e Identitária. Em Portugal, muitos julgam que as cores da bandeira nacional simbolizam a esperança e o sangue derramado dos heróis. Mas isso é um mito. O verde tem pouco a ver com a esperança ou com a cor do mar que foi desbravado pelos afoitos marinheiros dos Descobrimentos. É "a cor que Auguste Comte destinava à ordem e ao progresso das nações futuras" e que assim "inscreve a sua matriz ideológica e cultural positivista". O vermelho é "a cor dos movimentos populares e revolucionários, da Revolução de 1848 à Comuna de Paris de 1871" e que "inscreve no símbolo nacional a matriz política democrática do republicanismo. Era assim a bandeira içada no dia 5 de Outubro de 1910, na Câmara Municipal de Lisboa».

Em 18 Janeiro deste ano, Cláudia Almeida, jornalista, reafirmou na imprensa e no Hino nacional não se mexe. Quem diz no Hino, diz na Bandeira».

Perante esta ofensiva nacional como pode tolerar-se que o governo de Portugal gaste 74 mil euros ao erário de todos nós, retirando a esfera armilar os castelos e as quinas do logotipo do governo de Portugal?

 Como é que o maior governo democrático de sempre, se dá ao luxo de mexer nos valores supremos da soberania Portuguesa, sem consultar a oposição, mandando para trás das costas, o ideário do Presidente da República que mais defendeu esse mesmo ideário? De vergonha, Jorge Sampaio, deve ter-se enrolado na cova, onde repousa desde Setembro de 2021.

Barroso da Fonte

 

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