Por: Costa Pereira Portugal, minha terra
Temos que nos render. O
bom senso acabou por vencer e o rio Tâmega ficou livre de ser “banheira de água
choca” desde o nascente até pelo menos a Amarante! É digno de louvor esta
decisão governamental, que se deve certamente ao facto dos euros não abundar nos
cofres ministeriais, o que, neste caso, foi muito útil, pois evitou um desastre
ambiental que se ia propagar entre o Fridão (Amarante) e Cavez (Cabeceiras de
Basto). Não foi, o que para alguns seria um mal menor, pois já imaginavam ali
um modo de ganhar uns cobres sem precisarem de dobrar a espinha. Mas o certo é
que têm de arranjar outra forma de fazerem pela vida e trabalhar.
O Tâmega, tem
potencialidades para compensar o que lhe queriam impor com a barragem. Voltar
aos moinhos, à praia fluvial, com barcos de recreio. Na época de Verão, porque
não ali um quiosque com comes e bebes? O mesmo para as Fisgas de Ermelo, e no
Parque de Sobreira. Fazer mais divulgação do morro da Senhora da Piedade, na
Vila de Mondim, dado que do Monte Farinha e das Fisgas quase já não carecem de
divulgação, está feita! O Tâmega, sim,
ainda precisa de um pouco mais de ser falado e divulgado, para não cair no
esquecimento. Uma vez que neste país só pelas desgraças é que se fica a saber
do que de bom ainda temos para mostrar aqueles que nos visitam. Visitem estes
locais, saiam da vila e vão dar uma volta pelo concelho e toda a região de
Basto que Camilo imortalizou, em Novelas do Minho, Maria Moisés, Doze
Casamentos Felizes, e em Memórias do Cárcere. Tanto o concelho de Mondim como
toda a Região de Basto é rica de motivos históricos, paisagísticos e
etnográficos. E a sua culinária é do melhor que Portugal serve à mesa. Com
verdasco tinto ou branco.
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