Por: Costa Pereira Portugal, minha terra
Nós os transmontanos
temos disto, por ocasião do IV CONGRESSO de TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO até se
notou isso muito bem. Mas, vamos ao que em Noticias
de Chaves, escrevi, em 3/12/76:
«Como dizia em anterior escrito os transmontanos devem conhecerem-se
mutuamente melhor para de maneira mais prática tomarem consciência colectiva da
sua grandeza geográfica e das suas potencialidades humanas que como as suas
lacunas são factores a considerar. Neste contexto tem a Imprensa Regional um
papel preponderante a desempenhar, levando a todos os seus leitores uma
informação abalizada das realidades sociais, políticas e económicas da Nação
por forma a encorajar as pessoas a dialogarem e a sentirem em comum os
problemas que afectam o espaço lusíada, mormente este Reino Maravilhoso, onde
nasceu e se inspirou o nosso Torga
Os transmontanos receberam da sua
montanha a rigidez e pureza de alma franca que os caracteriza, mas também o
espirito individualista, o orgulho e certa altivez que nem sempre nos favorece
quando chamados a reunir. Muito indiferentes aos primeiros morteiros da festa, aparecem
quando por vezes a procissão já recolheu…, e depois barafustam e criticam com
ou sem razão. Os transmontanos são críticos por natureza.
Temos que nos habituar a ser mais
humildes e a confiar mais na unidade regional e nacional para ver se juntos conseguimos
fazer da nossa província uma verdadeira pátria dentro da nossa grande Pátria.
Não pactuando com o paternalismo caquético que deve ser orientado a favor de
uma justiça social a todos extensiva. O Homem transmontano tem o dever de nesta
altura se lembrar que a sua província foi durante séculos abandonada pelo poder
central e por isso necessita agora da colaboração de todos nós, por forma a
conseguir recuperar o atraso sofrido em relação a outras regiões que as
influências e conveniências do paternalismo caduco favoreceram. E também neste
aspecto não tenhamos dúvidas que mesmo sem o apoio de Costa Gomes – também o
não tivemos de Mendonça Dias nem de Rapazote – Trás-os-Montes e Alto Douro vai ter
de contar com o apoio de todos aqueles comprovincianos que dispersos por
departamentos oficiais e cargos públicos tenham influência em áreas como o
Turismo, Comunicações, Electricidade, Saúde, Educação, Desporto, Cultura e sei
lá mais quê, pois caso contrário o 25 de
Abril jamais bafejará as terras de entre Montalegre e Mogadouro. Só um
alerta: a união faz a força!»
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