Por J. BARREIROS MARTINS - Diário do Minho
(Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho).
A “Igualdade no
Género” e o “Assédio Sexual” são temas que estão na ordem do dia, tanto nos EUA
como na UE, tudo relacionado com a “Condição Feminina”. Sem dúvida que a
mulher, ontem, como ainda hoje, não é respeitada na sua dignidade, mal nos
países africanos e muito pior nos países árabes, do que no Ocidente.
O concubinato continua
avassalador. Só há pouco o rei da Arábia Saudita decretou a possibilidade das mulheres
poderem conduzir viaturas ligeiras a partir de junho deste ano. Mas aí, para as
mulheres estudarem têm de ter autorização dos membros masculinos da família: pai,
marido ou irmão.
E há clérigos nesse
país que clamam contra esse decreto real, dizendo que as mulheres não devem
poder conduzir porque “só têm um quarto de cérebro…” Note-se, nos países árabes
que confrontam com a Arábia Saudita, elas conduzem, mas usando a burka. A
ideia, antiga e ainda em vigor, mormente nos locais dominados pelos talibans, é
a de que a mulher só deve servir para ter filhos do chefe da família, e tratar
dos filhos e das lides da casa. Então, surgem factos incríveis associados às
“fátuas”. No dia17-02-2015, 41.º aniversário da Universidade do Minho, Joaquim Chissano,
ex-PR de Moçambique, pronunciou a costumada “oração de sapiência ”para receber
o “Doutoramento Honoris Causa” que lhe foi oferecido por esta Universidade.
Escolheu como tema “O Colonialismo
Ocidental em Moçambique”. Claro que se referiu mais ao “Colonialismo Português”
que a quaisquer outros. Durante o almoço volante que se seguiu tive oportunidade
de falar com o homenageado, tendo-lhe dito que a oração de sapiência poderia
ter sido mais completa se versasse sobre os “colonialismos sem Moçambique”, pois
quando o Vasco da Gama arribou a Quelimane, já lá encontrou os maometanos como
colonizadores. E a colonização árabe de Moçambique continua hoje sob vários aspectos:
basta ir à ilha de Moçambique e observar uma alfaiataria árabe. Aí o árabe dorme
numa cadeira de recosto e o negro realiza todo o trabalho, amarrado a uma máquina
de costura “Singer”.
Também se poderá ir a Inharrime,
a uns 90 Km a sul de Inhambane indagar sobre os benefícios que algumas famílias
pobres tiram de terem cedido as suas jovens filhas a emissários que as levam
para concubinas dos príncipes da Arábia Saudita. Essas moças são de bela
estatura. Em várias tribos de países africanos, o Soba tem muitas concubinas que
são quem trabalha na lavoura e nos arranjos caseiros. O Soba, só fuma, come, dorme
e emprenha as suas mulheres. Na África do Sul, contrastando flagrantemente com
Nelson Mandela, o até há pouco PR, tinha um harém com umas trinta concubinas e
ainda queria mais. O Bin Laden nasceu na Arábia Saudita e tinha uns vinte e
seis irmãos, um de cada mãe. Um dos irmãos de Bin Laden é banqueiro na Suíça e cedo
declarou que nada tinha a ver com o terrorismo que o irmão praticava. No
Paquistão, noutros países árabes e alguns africanos, quem escolhe o noivo de
uma filha não é ela, são os pais dela. Em Junho de 2016, os jornais noticiaram que
uma jovem paquistanesa de 18 escolheu o seu noivo e depois foi torturada, estrangulada
e queimada viva pela própria mãe.
Na Guiné-Bissau e
países limítrofes, parteiras feiticeiras retiram o clitóris às meninas, a
pedido das mães, para quando adultas não terem prazer nos actos sexuais.
Pensa-se que assim
castradas, as mulheres serão melhores donas de casa. Passando para tema menos dramático
e algo inverso, vemos que há cerca de uma semana os jornais noticiaram que, no
Brasil, um antigo médico da selecção de ginástica dos EUA, foi condenado a175
anos de prisão por assédio sexual a mais de 150 ginastas. Sem prejuízo das
razões da juíza que deu a sentença, pode dizer-se que o réu era um “garanhão”
de alto gabarito. Se fosse colocado numa prisão portuguesa ele poderia receber
visitas íntimas por muitas dessas ofendidas ou de outras que o quisessem
visitar.
E permitam agora uma pequena
ironia: Também se pode dizer que tal “garanhão” poderia ter vendido os seus “serviços”
à organizadora das semanas de orgias sexuais lisboetas.Com efeito, na revista de
um conceituado semanário, saiu há um ou dois anos uma entrevista dessa
organizadora com uma jornalista desse semanário, onde a dita organizadora dizia
que tais orgias sexuais só então estavam a ser iniciadas neste país, quando
noutros países europeus, já eram vulgares há vários anos. E a organizadora acrescentava
que era norma pagarem a “especialistas masculinos” que vinham do estrangeiro
(citou Londres) participar nos eventos. (Soubemos por um colega do Politécnico de
Milão que nessa cidade há um restaurante que anuncia “as much sex as youlike” ”
tanto sexo quanto você quiser”). Tudo o que acabamos de dizer tem ligações com
outras notícias “fracturantes” e preocupantes: Em Portugal e no resto da
Europa, nascem por ano muito menos crianças do que o número de pessoas que
morrem.
Este saldo negativo só
é compensado com os imigrantes, negros e outros que entram e que, logicamente,
trazemos hábitos dos países onde nasceram. Esse facto, além de provocar
conflitos quase diários, leva e uma “invasão pacífica” sem precedentes na história
da Europa. Portanto, não são só os terroristas que contribuem para a destruição
da “Civilização Ocidental”.
As aberrações
intestinas na Europa auto destroem-na. Por fim, mais um sinal negativo: as grandes
preocupações com a “Igualdade no Género”, nomeadamente na “geringonça” que nos governa,
tem levado a trágicas consequências. No horroroso antigamente, as corporações de
Bombeiros, GNR e Polícias, eram sempre dirigidas por um General do Exército,
pois no Curso do Estado-maior que tinha de ter, tinha aprendido a lidar com
situações de Emergência, de Logística, e de Prontos Socorros, tais como as que
aconteceram nos grandes fogos florestais do ano findo. As grandes preocupações com
a “Igualdade no Género” do actual 1.º M, levaram-no a nomear para o efeito
acima referido, um “General de saias”, com as consequências dramáticas bem
conhecidas. A questão da “Igualdade no Género” é dominante na maior parte dos
países europeus. Por isso, espero ainda viver para ver equipas de futebol
mistas: com 6 mulheres e 5 homens e uma equipa de arbitragem só com mulheres…
J. Barreiros Martins abordou um
tema do nosso agrado. O que é que sabe Joaquim Chissano da História da Antiga África Portuguesa? Tanto como o dr. Rosas que andou para aí a alardear um
suposto Apartheid em Angola. Quando os portugueses chegaram a África já os
grandes potentados africanos praticavam a escravatura do seu próprio povo.
Vendiam os seus próprios concidadãos aos europeus para adquirirem objectos que
lhes dava prestígio, como por exemplo, tecidos! E aos árabes que vinham de
zenzibar! Poderíamos dar exemplos de historiadores portugueses, mas para evitar preconceitos, aconselham-se três estrangeiros: Roger Crowley, por exemplo, escritor inglês que aborda com
clareza a época dos Descobrimentos, assim como A.J.R. Russel-Wood e Henry Morse Stephens.
Só quem não conhece África não
conhece o que Barreiros Martins descreveu. Quanto ao resto, abstemo-nos de
comentar porque Martins é assertivo.
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