“Mosteiro [Pedrógão
Grande] – As Cinzas e a Esperança”, parece nome de filme. Mas não é. É nome de
livro que se lê como se vê um filme. Foi lançado recentemente este volume do
poeta João de Deus Rodrigues, natural de Morais (Macedo de Cavaleiros). Mas não
é apenas um livro de poemas. Junto do poeta aparece, quase sorrateiramente, o
repórter e o fotografo.
O poeta canta a vida e a
morte. Mas também a esperança, o renascimento da Natureza após tragédia
medonha! E o leitor soletra essas canções que engrandecem a alma, e chora com o
poeta (porque aqui não finge) quando já se não ouvem os cantos dos gaios e o
chilrear das andorinhas; quando o verde das carvalhas milenares se transforma
em sépia estorricado. Mas revolta-se com o repórter (do Mensageiro de Bragança)
e com o fotografo que contrapõe o antes e o depois. Mas, ao mesmo tempo sorri.
Com o nascimento da pequena Beatriz.
Este testemunho de João
de Deus Rodrigues é uma pequena relíquia, porque compila em poemas, fotografias
e crónicas (pela primeira vez), a grande tragédia dos incêndios no Verão de
2017.
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