A hipótese provável
é a de uma repugnante percentagem dos nossos representantes do povo defenderem
de facto o genocídio como política económica e método de preservação do poder
Holodomor é o outro
nome porque é conhecida a Grande Fome ucraniana de 1932-33, apenas uma parte da
Grande Fome soviética do mesmo período. Resumindo imenso, a coisa justifica-se
pela colectivização forçada dos campos agrícolas e da opressão crescente do
campesinato. Através dos kolkhozes, o Estado desviava para si uma parcela fixa
da produção, a fim de abastecer as cidades e sustentar a industrialização e a
exportação. Os agricultores procuravam reter o suficiente para sobreviver. A
cada ano, a parcela do Estado subia e as esperanças do povo encolhiam. Em 1932,
maçado com os esboços de resistência, a qual incluía com frequência os
delegados locais do regime, Estaline decidiu castigá-la. Só entre Agosto e
Novembro, condenaram-se centenas de milhares ao gulag ou à morte (descubram as
diferenças). E uma quantidade desmesurada de gente à fome. Moscovo ordenou o
confisco total dos cereais, impediu a fuga das regiões afectadas e movimentou
vastas populações para as ditas. Na primavera de 1933, o tifo e o canibalismo abrilhantaram
a radical miséria.
A relativa
comiseração de certas figuras do Partido não foi partilhada pelos dirigentes
máximos: "As necessidades do Estado não podem vir em segundo lugar."
O próprio Estaline explicava que os agricultores pagaram o preço pela
"greve", a "sabotagem" e a "guerra de morte" que
haviam declarado ao poder. Contas feitas, a Grande Fome afectou 40 milhões de
pessoas. Só na Ucrânia, o assassínio programado dizimou um número
indeterminado, porém grotesco, de "sabotadores"e
"grevistas".
Desculpem a
introdução, mas foi a propósito disto que o PSD apresentou no parlamento um
voto de condenação do "regime comunista totalitário de Estaline, que terá
causado a morte a cerca de sete milhões de cidadãos ucranianos" (o PS
também apresentou documento similar, de que suprimiu a referência explícita ao
comunismo e a Estaline: é o curioso caso de um crime sem autores e de um
partido sem vergonha).
A
"direita" e o senhor do PAN aprovaram a condenação. PCP e BE
rejeitaram-na. O PS absteve-se, fora um deputado que votou a favor e três que
votaram contra. Esses três, em particular, merecem menção honrosa. Uma chama-se
Isabel Santos e, talvez por piada, é presidente da Comissão de Democracia,
Direitos Humanos e Questões Humanitárias da Assembleia Parlamentar da OSCE. A
segunda é a dona Isabel Moreira, em si uma atenuante. O terceiro é um Pisco,
logo habituado a comer pouco. Se adicionarmos a rapaziada do PCP e do BE, a
hipótese menos maligna é a de os deputados em causa, em 2017, genuinamente
acreditarem na propaganda soviética (ou na russa vigente). Aí, estaríamos perante
uma notável concentração de imbecis, comparáveis aos malucos que negam o
Holocausto e as alunagens, com a agravante de que se sentam juntos e, em vez de
mandarem vir em hospícios, mandam em nós.
A hipótese provável
é a de uma repugnante percentagem dos nossos representantes do povo defenderem
de facto o genocídio como política económica e método de preservação do poder.
Neste pressuposto, a AR estará repleta de psicopatas, e psicopatas que apoiam o
Governo em funções. São vários, e aflitivos, os sinais de que Portugal caminha
rumo a um destino trágico. A resposta a Holodomor torna a tragédia oficial. E
certa.
O BOM
Não ser pintora
Para homenagear a
sofisticação dos inquilinos, a AR recebe manifestações artísticas. E quando se
pensa nas belas-artes, pensa-se naturalmente na ex-sogra do "eng.º"
Sócrates, Clotilde Fava, cuja exposição, naturalmente chamada Ser Mulher, é
naturalmente de entrada gratuita. Eis o que importa: as obras têm valor? As que
vi retratam mulheres africanas e acredito que qualquer destas, de olhos
vendados e mãos amputadas, retrataria a dona Clotilde com maior mestria.
Digamos que a exposição faz justiça à dignidade do lugar. E que está tudo bem.
O MAU
A laranja vermelha
faz bem à saúde?
Como reage o PSD à
demência em curso? Obviamente, juntando-se a ela. Parece que agora os
sociais-democratas exigem uma "lista negra" das empresas que, cito,
discriminam mulheres. Não sei se falam de empresas ligadas à pesca, às minas, à
serralharia ou à recolha de lixo. Sei que, embora nem mereça comentários, a
ideia (?) mereceu destaque nos media. A "direita", para ser notícia,
precisa de se fingir "moderna" e subjugar-se às alucinações da
esquerda. Vale a pena perguntar para que serve uma "direita" assim.
Já a serventia da esquerda salta à vista.
O VILÃO
Catarina, a Enorme
A chefe do BE
reconhece que "as pessoas desejam" o turismo, já que "dá
emprego" e "dá crescimento económico". Porém, é
"absolutamente insustentável", visto que "está a retirar às
pessoas os direitos mais básicos de habitação, de mobilidade, de
cidadania". Ou seja, há um fosso evidente entre aquilo que as pessoas
querem e aquilo que lhes convém. Quem garante que a primeira dimensão não
conspurca a segunda? Ora essa: a actriz Catarina e iluminados afins – a bem ou,
se preciso for, a mal. A redenção, meus caros, começa assim. Segue-se o horror.
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Sobre esta questão, podem ainda consultar-se estes sites:
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