Não há partido mais infantil do que o BE.
O BE tem tudo o que é típico de uma criança malcriada, mimada, irritante e
preguiçosa. Estão a ver aqueles miúdos a quem dizemos "olá" e eles
começam a gritar ou aos insultos? É assim o BE. No mundo dos adultos chama-se a
isto irreverência; no das crianças, má--criação. Outra particularidade infantil
do BE é o mimo. As criancinhas mimadas são sempre levadas a sério, mesmo que
não tenham idade para apanhar um autocarro. Qualquer coisa que digam, por mais
parva que seja, dá notícia. Ora, isto faz que não tenham necessidade de deixar
de dizer coisas parvas - como insultar o voluntariado - tornando-se preguiçosas
e viciadas em atenção. As crianças educadas nestas precárias condições e sem
filtro para o disparate tornam-se irremediavelmente irritantes. Chatas mesmo.
Habituadas que estão a terem muita atenção, não se calam. Falam sobre tudo o
que possa ser polémico só para interromper as conversas dos crescidos. No caso
do BE o filão são os temas fraturantes que, tal como os filmes com bolinha, têm
sempre audiência. Ele é o candidato transexual, o cartaz de Jesus ou o Cartão
de Cidadão. Qualquer coisa serve. O objetivo, tal como no mundo infantil, é
virar cabeças. Ora, é preciso muita paciência para lidar com crianças assim. É
preciso, antes de mais, não as levar a sério e no limite ignorá-las. Mas se nas
crianças esta estratégia resulta, com o BE - que apesar de ter todas as
características de uma criança malcriada não é criança, é só malcriado/a - não
resulta. O PS, no entanto, descobriu como lidar com o problema e tentou
resolvê-lo da mesma forma que um pai - daqueles que não ligam nenhuma ao filho
adolescente - resolveria: leva o miúdo a jantar fora e deixa-o guiar o carro
dando a entender que o acha muito crescido. Depois, vai à sua vidinha. A única
diferença no caso do PS e do BE é que o pai (o PS) está a ficar senil e acha
mesmo graça à criancinha malcriada.
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