Não existem estudos pós eleitorais para
perceber se certas atitudes e comportamentos das forças políticas, as podem
afectar.
A sondagem recente da TVI, contudo, permite-nos compreender, em certa
medida, a aceitação ou não aceitação dos jogos de poder por parte dos
eleitores. Segundo essa sondagem, depois da trapalhada que António Costa
arranjou para sobreviver politicamente, daria à Coligação uma votação muito
próxima da maioria absoluta (41,3%), o Bloco subiria 0,8, o PS manteria a mesma
votação e o PCP desceria 0,5.
A entrevista de Jerónimo de Sousa deixou
bem claro que “à Catarina o que é da Catarina”, e que não irá existir um acordo
para uma legislatura. Haverá aprovação de medida a medida e, quanto muito, um
acordo para o Orçamento de 2016. E com razão o PCP adopta esta atitude, porque,
apesar de tudo, conhece bem o PS (de António Costa). Seria prudente acordar com Costa um acordo de
quatro anos?
Mesmo assim, perante os factos, tanto
Costa como as esquerdas, numa atitude de pulhice, não deixaram de insultar o Presidente da República e
toda a “direita”, quando na “direita” existe um número superior de indivíduos,
aos da votação da esquerda radical, que, na sua vida quotidiana, é mais de
esquerda do que aqueles que se dizem das esquerdas!
Não havendo acordo de legislatura o
Presidente tem toda a razão e tem toda a legitimidade (legal e moral - ética)
para optar por um governo de gestão (se for esta a única alternativa). E tudo fazer para que quem perdeu as
eleições não seja premiado com o mérito que não teve.
Armando Palavras
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