A partir do momento que António Costa
percebeu que iria perder as legislativas, iniciou as negociações com as
esquerdas. Fê-lo por essa razão e pela ganância de poder. O debate de António
Costa com Jerónimo de Sousa dá essas indicações. Foi uma conversa de amigos
desavindos num banco de jardim.
Costa diz que a Coligação não entendeu
os resultados eleitorais. Querendo com isto dizer que esses resultados lhe
permitem a ascensão a Primeiro-ministro (mesmo derrotado no acto eleitoral)
desde que consiga um acordo parlamentar com a esquerda (é mais correcto dizer
com as esquerdas). É claro que a Coligação percebeu isso primeiro do que ele. E
é claro que isso é legal, porque a Constituição o permite. Mas será eticamente
aceitável? Pode-se fazer muita coisa no campo da Lei, mas será que o devemos
fazer? É esta a questão.
Como dizia Séneca (c. 4 BC-AD 65), “o que a lei não
proíbe, proíbe a decência”.
Armando Palavras
Sem comentários:
Enviar um comentário