sábado, 23 de novembro de 2013

José Manuel Fernandes e os velhinhos marretas que incitam à violência

Fotografia de Tiago Machado - Público


Os velhinhos marretas incitam à violência
(Governo Sombra, TSF, 22-11-XIII)


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Alguém consegue vislumbrar um pobre naquela mesa? Não. Os cavalheiros que se reuniram na Aula Magna pertencem à alta burguesia urbana. Nenhum deles sente no bolso (e no estômago) as adversidades da crise. Pelo contrário. Qualquer deles (ou delas) pode passar férias nas diversas ilhas do Pacifico, ou em qualquer país do mundo.
Ninguém em Portugal quer voltar aos tempos da Primeira República: bárbaros e selvagens. Basta bem dizer que o rol de assassinatos foi tal que os países europeus, à época, nos consideraram um povo bárbaro!
Esse período de depravação (moral, social e por aí adiante) culminou no assassinato do rei Dom Carlos. Homem com defeitos como todos os outros, mas culto e bonacheirão. E que razões levaram a esse assassinato horrendo? Muitas. Mas aquela que interessa sublinhar, é a que se manifesta no incitamento à violência por parte de uma determinada “elite intelectual”. A ela pertenceu um transmontano, um dos principais atiçadores.
E tudo se assemelha a essa época, incluindo o desaforo e a petulância por parte da “seita” da Aula Magna, em atiçar certos ódios contra o Presidente da República, professor Aníbal Cavaco Silva, que em termos de civilidade (e em muitos outros) lhes não deve meças.
Pacheco Pereira, no seu ar inefável de profeta do Antigo Testamento, com aquelas barbas rijas, pronto para a luta, sem soluções de conjuntura, está em todas …
Nem Freitas do Amaral, nem António Capucho participaram nesta pouca-vergonha; nesta vergonha nacional. Mas não se livram de estarem historicamente ligados à mesma, porque a “alimentaram”. Já do lado dos militares, alguns dos generais que não estiveram presentes enviaram telegramas. Ficarão na História como se lá estivessem.
Segundo Diógenes Laércio, perguntando a Tales de Mileto o que era mais difícil, respondeu: “ Conhecer-se a si mesmo”. O que era fácil: “Dar conselhos aos demais”. O que dava mais prazer: “O êxito”. O que era divino: “O que não tem principio nem fim”. Quando se lhe perguntou qual a coisa mais estranha que tinha visto, respondeu: “Um tirano de idade avançada”.
Pois o que se observa naquela mesa é a “coisa mais estranha”.



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