Fotografia de Tiago Machado - Público |
Os velhinhos marretas
incitam à violência
(Governo Sombra, TSF, 22-11-XIII)
(Clique para aumentar) |
Alguém consegue vislumbrar um pobre
naquela mesa? Não. Os cavalheiros que se reuniram na Aula Magna pertencem à alta burguesia urbana. Nenhum deles sente no
bolso (e no estômago) as adversidades da crise. Pelo contrário. Qualquer deles
(ou delas) pode passar férias nas diversas ilhas do Pacifico, ou em qualquer
país do mundo.
Ninguém em Portugal quer voltar
aos tempos da Primeira República: bárbaros e selvagens. Basta bem dizer que o
rol de assassinatos foi tal que os países europeus, à época, nos consideraram
um povo bárbaro!
Esse período de depravação
(moral, social e por aí adiante) culminou no assassinato do rei Dom Carlos.
Homem com defeitos como todos os outros, mas culto e bonacheirão. E que razões
levaram a esse assassinato horrendo? Muitas. Mas aquela que interessa
sublinhar, é a que se manifesta no incitamento à violência por parte de uma
determinada “elite intelectual”. A ela pertenceu um transmontano, um dos
principais atiçadores.
E tudo se assemelha a essa época,
incluindo o desaforo e a petulância por parte da “seita” da Aula Magna, em atiçar certos ódios
contra o Presidente da República, professor Aníbal Cavaco Silva, que em termos
de civilidade (e em muitos outros) lhes não deve meças.
Pacheco Pereira, no seu ar
inefável de profeta do Antigo Testamento, com aquelas barbas rijas, pronto para
a luta, sem soluções de conjuntura, está em todas …
Nem Freitas do Amaral, nem
António Capucho participaram nesta pouca-vergonha; nesta vergonha
nacional. Mas não se livram de estarem historicamente ligados à mesma,
porque a “alimentaram”. Já do lado dos militares, alguns dos generais que não
estiveram presentes enviaram telegramas. Ficarão na História como se lá
estivessem.
Segundo Diógenes Laércio,
perguntando a Tales de Mileto o que era mais difícil, respondeu: “ Conhecer-se
a si mesmo”. O que era fácil: “Dar conselhos aos demais”. O que dava mais
prazer: “O êxito”. O que era divino: “O que não tem principio nem fim”. Quando
se lhe perguntou qual a coisa mais
estranha que tinha visto, respondeu: “Um
tirano de idade avançada”.
Pois o que se observa naquela
mesa é a “coisa mais estranha”.
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