quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Nove crias de palanca negra nasceram desde 2012 em Cangandala -Maior área transfronteiriça de conservação do mundo fica no sul de Angola



Nove crias de palanca negra nasceram desde 2012 em Cangandala

5 de Agosto, 2013por Filipa Parreira, da agência Lusa
Nove crias de palanca negra gigante nasceram desde o início de 2012 no Parque Nacional da Cangandala, Angola, ao abrigo do projeto de conservação da espécie, anunciou o responsável, Pedro Vaz Pinto, que espera mais seis crias este ano.
"Finalmente agora está a começar a aumentar significativamente o contingente da Cangandala", disse em entrevista à Lusa o biólogo angolano, que em 2003 lançou o Projeto de Conservação da Palanca Negra Gigante e no mês passado recebeu em Portugal o Prémio Internacional Terras Sem Sombra pelo seu trabalho pela recuperação da espécie.
A palanca negra gigante é um antílope raro que só existe na província angolana de Malanje e que se julgava extinto por não ser avistado desde 1982. Em 2005, no entanto, a equipa de Pedro Vaz Pinto conseguiu obter fotografias e análises de DNA que comprovaram que a espécie não estava extinta.
Em 2009, num momento em que a situação da espécie era de desespero - "os animais estavam mesmo a desaparecer" - a equipa transferiu um macho da outra zona onde há palancas negras gigantes, a reserva natural do Loando, para se juntar às fêmeas no santuário de reprodução da Cangandala.
Nos primeiros dois anos, os resultados ficaram "muito abaixo das expetativas" porque as fêmeas, já com alguma idade, não procriavam há alguns anos, o que afetou o seu potencial reprodutor.
Em 2011, no entanto, o núcleo da Cangandala foi reforçado com oito novos animais provenientes do Loando, seis dos quais fêmeas, que "estão a reproduzir-se muito bem".
"No ano passado tivemos seis crias. Este ano temos três crias já confirmadas e esperamos ter até nove crias. Penso que finalmente estamos agora na curva exponencial em que o contingente vai aumentar muito", disse Pedro Vaz Pinto.
Neste momento, há 24 palancas no santuário e o investigador estima que esse número possa duplicar em quatro ou cinco anos.
Apesar dos bons resultados na Cangandala, o número global de palancas está apenas estabilizado, porque na reserva do Loando as perspetivas não são tão otimistas.
"Na reserva do Loando a situação não está ainda como nós gostaríamos. Podia estar pior, mas também não está melhor", admitiu.
O problema é que é no Loando que se encontra o maior número de animais. Entre 75 e 80% das palancas que se estima existirem estão ali.
"Se esquecêssemos a reserva do Loando, acho a palanca estava extinta. Vinte animais é um núcleo que não é sustentável a longo prazo", explicou Vaz Pinto, sublinhando, no entanto, a importância de manter dois núcleos separados para fortalecer a população total.


Maior área transfronteiriça de conservação do mundo fica no sul de Angola

7 de Agosto, 2013
http://noticias.sapo.pt/banca/internacional/3889
Cinco países da África Austral reúnem-se hoje em Menongue, capital provincial do Cuando Cubango, sul de Angola, para aprovar um fundo de gestão da maior área transfronteiriça de conservação do mundo.
Trata-se do projeto KAZA, acrónimo da língua inglesa para designar a bacia do OKavango/Zambeze, que liga Angola aos vizinhos Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabué.
Os ministros da Hotelaria e Turismo das cinco nações vão aprovar um fundo que vai financiar a gestão do ambicioso projecto, que tem já o apoio das Nações Unidas e que, em avançando, transformará aquela região austral de África num dos maiores destinos turísticos do mundo.
O objectivo do fundo que vai ser criado é garantir que algumas actividades relacionadas com o projecto turístico internacional possam ser executadas sem qualquer sobressalto.
Os cinco ministros vão ainda avaliar o grau de execução das tarefas agendadas no encontro anterior, com realce para a parte angolana que, fruto da guerra civil, mais atrasos regista na aplicação do projecto.



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