Última Ceia (tábua da capela de Santo André) |
Tempo Caminhado: Revista Beira Alta |
Quando no Verão de 2004 iniciamos
o trabalho de campo na Região Demarcada do Douro (composta por 22 concelhos)
como sustentação para a defesa de tese doutoral, estávamos longe de imaginar
que haveríamos de protagonizar a descoberta de uma pequena tábua quinhentista,
na pequena capela de Santo André a 5 km de Almofala, no concelho de Figueira de
Castelo Rodrigo. Uma descoberta modesta, mas com alguma relevância para a
conjuntura das situações artísticas de periferia.
Capela de Santo André |
Esta pequena tábua representa a Última Ceia, um dos momentos mais
importantes da narrativa evangélica. É ela que institui um dos principais
sacramentos da liturgia cristã: a Eucaristia[1].
A hipótese de se tratar de obra
do pintor lamecense António Leitão,
artista de estirpe nobilitada, com formação em Roma (c. 1560), e posterior
permanência em Antuérpia, é de considerar, embora careça de comprovação
documental.
Armando
Palavras
Nota:
O
texto completo sobre esta descoberta (Uma
pequena tábua quinhentista numa capela rural de Figueira de Castelo Rodrigo,
pp. 153- 158) encontra-se publicado no volume LXX da revista Beira Alta, cujo fac-simile aqui se
reproduz. Cabe-nos agradecer ao seu director, Dr. Alberto Correia, o esmero que
dedicou à sua publicação.
[1] O
momento em que Jesus, simbolicamente através do pão e do vinho, oferece o seu
corpo e o seu sangue aos Apóstolos (Math. XXVI, 26-29; Marc. XIV, 22-25; Luc.
XXII, 19-20). João, o mais simbólico dos evangelistas, é omisso quanto à Santa Ceia Sacramental.
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