sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Figueira de Castelo Rodrigo - Pequena tábua quinhentista em capela rural

Última Ceia (tábua da capela de Santo André)


Tempo Caminhado: Revista Beira Alta

Uma pequena tábua quinhentista numa capela rural de Figueira de Castelo Rodrigo



Quando no Verão de 2004 iniciamos o trabalho de campo na Região Demarcada do Douro (composta por 22 concelhos) como sustentação para a defesa de tese doutoral, estávamos longe de imaginar que haveríamos de protagonizar a descoberta de uma pequena tábua quinhentista, na pequena capela de Santo André a 5 km de Almofala, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. Uma descoberta modesta, mas com alguma relevância para a conjuntura das situações artísticas de periferia.

Capela de Santo André
Esta pequena tábua representa a Última Ceia, um dos momentos mais importantes da narrativa evangélica. É ela que institui um dos principais sacramentos da liturgia cristã: a Eucaristia[1].

A hipótese de se tratar de obra do pintor lamecense António Leitão, artista de estirpe nobilitada, com formação em Roma (c. 1560), e posterior permanência em Antuérpia, é de considerar, embora careça de comprovação documental.

Armando Palavras

 



Nota:

O texto completo sobre esta descoberta (Uma pequena tábua quinhentista numa capela rural de Figueira de Castelo Rodrigo, pp. 153- 158) encontra-se publicado no volume LXX da revista Beira Alta, cujo fac-simile aqui se reproduz. Cabe-nos agradecer ao seu director, Dr. Alberto Correia, o esmero que dedicou à sua publicação.






[1] O momento em que Jesus, simbolicamente através do pão e do vinho, oferece o seu corpo e o seu sangue aos Apóstolos (Math. XXVI, 26-29; Marc. XIV, 22-25; Luc. XXII, 19-20). João, o mais simbólico dos evangelistas, é omisso quanto à Santa Ceia Sacramental.

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