Dr. João Albuquerque e Castro |
Aneurisma da
Aorta Abdominal: duas opções de tratamento para a doença
O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é
uma das principais causas de morte nas sociedades ocidentais. Uma doença grave,
silenciosa e uma das causas de morte súbita
O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é uma
dilatação localizada e permanente da aorta (diâmetro 50% superior ao normal) –
a maior artéria do organismo. É o mais frequente dos aneurismas arteriais,
sendo muitas vezes causa de morte súbita. Estima-se que, na Europa, entre seis e oito por cento da população masculina com
mais de 65 anos sejam portadores de um AAA.
Ser homem com mais de 65
anos, historial de tabagismo, colesterol elevado e hipertensão são alguns dos
fatores de risco associados ao AAA, uma doença grave, progressiva e assintomática
que tem sido uma das causas de morte mais significativa nas sociedades
ocidentais.
Caso o médico considere a existência de
risco de rutura do aneurisma, o tratamento é sempre cirúrgico. Existem duas
opções de tratamento disponíveis, dependendo do diagnóstico do médico: cirurgia
aberta ou colocação de uma prótese endovascular (stent).
No caso da cirurgia aberta, o cirurgião
acede ao aneurisma através de uma incisão no abdómen. A parte aneurismática da
artéria é substituída por uma prótese sintética. O procedimento cirúrgico é
realizado sob anestesia geral e demora entre três a quatro horas. Normalmente,
os doentes precisam de Cuidados Intensivos no pós-operatório imediato e têm de
permanecer no hospital durante pelo menos uma semana e o período de total
recuperação é entre um a três meses.
A colocação de uma prótese endovascular
é um procedimento minimamente invasivo, em que o stent – uma prótese tubular ramificada suportada por um esqueleto
metálico – é colocado dentro do vaso doente (aneurismático) através de uma
pequena incisão na área superior da coxa. A prótese endovascular (stent) exclui o aneurisma e reforça a
parede enfraquecida da aorta, reduzindo o risco de rutura através do alívio da
pressão e providenciando um novo trajeto para o fluxo sanguíneo. O procedimento
demora, normalmente, cerca de uma a duas horas. A permanência no hospital
reduz-se a um período de dois a quatro dias e a permanência na unidade de
cuidados intensivos geralmente não é necessária.
Ambos os tratamentos apresentam
benefícios e riscos, e deverá ser o doente, juntamente com o médico, a discutir
qual a melhor opção terapêutica.
Para mais informações, consulte o website da
campanha disponível em www.aortaevida.com
João Albuquerque e Castro,
Coordenador nacional da Campanha Aorta é Vida!
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