quinta-feira, 8 de novembro de 2012

II Encontro de Outono- Saúde e Comunidade (Vila Real) - Universidade de Aveiro investiga praias - VI simpósio Nacional de Olivicultura (Mirandela)

HOTEL MIRACORGO - VILA REAL

 
ÚLTIMA HORA | 07-11-2012

II Encontro de Outono - Saúde e Comunidade a 9 e 10 de Novembro em Vila Real

Realiza-se, dias 9 e 10 de Novembro, no Hotel Miracorgo, o 2º Encontro de Outono - Saúde e Comunidade, uma organização do ACES Douro I - Marão e Douro Norte e da Unidade de Cuidados na Comunidade - Mateus, com o apoio do Município.
Neste segundo encontro, serão apresentadas e debatidas comunicações de diferentes especialistas e investigadores desta área, com destaque para temáticas como a Obesidade Infantil, Acessibilidades e Saúde, Violência Familiar e Doméstica, Envelhecimento Ativo, entre outras.
A abertura deste 2º encontro está marcada para o dia 9 de Novembro, pelas 09.00 horas, no Hotel Miracorgo, aberto a todos os interessados, cuja inscrição deve ser efetuada através dos e-mails: encontrouccmateus@gmail.com e/ou uccmateus@gmail.com

 

 

Investigadores da Universidade de Aveiro apontam para o perigo de extinção de algumas praias entre Cortegaça e Mira
Algoritmo da UA simula o futuro da linha de costa

Redução considerável da largura de algumas praias entre Cortegaça e Mira e aparecimento de novas aberturas entre o mar e a ria de Aveiro. As previsões a 30 anos foram feitas por um modelo numérico de simulação do avanço do Atlântico sobre a linha de costa para dois trechos costeiros entre Cortegaça e a Praia de Mira (Cortegaça-Furadouro e Vagueira-Mira), precisamente a zona do país onde mais se sentem os efeitos da erosão costeira. Desenvolvido por um investigador do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro (UA), a inovadora ferramenta projeta o futuro da localização da linha costeira.
Particularmente adaptado às características fisiográficas do litoral de Aveiro, o modelo tem por base um algoritmo que tem vindo a ser testado com dados adquiridos, no âmbito da monitorização costeira, por investigadores do Departamento de Geociências da UA. O modelo de simulação pretende ajudar os cientistas a estudarem a erosão e auxiliar os responsáveis pela proteção da costa na escolha da melhor estratégia para prevenir cenários catastróficos.
«O modelo numérico de simulação de evolução de linha de costa projeta diferentes cenários em função dos muitos processos físicos que existem no litoral. Para aperfeiçoar o modelo, recorremos a informação registada desde há 50 anos, altura a partir da qual a UA tem dados mais objetivos», explica Carlos Coelho, o investigador do Departamento de Engenharia Civil que desenvolveu o algoritmo.
Variações do volume de sedimentos erodido às praias e às dunas, variações dos perfis de praia e da linha de costa estão a ser usados para calibrar o modelo às condições especificas das praias do litoral de Aveiro. Com base ainda em informação relativa à agitação marítima, condições meteorológicas, nível médio das águas do mar, morfologia dos terrenos costeiros, intervenções humanas de defesa costeira, entre muitos outros fatores foram efetuadas simulações com o objetivo de projetar a cenários de evolução de linha de costa a um horizonte temporal de 20, 30 ou mais anos.
Uma das grandes vantagens do simulador de Carlos Coelho é que este pode ser calibrado para projetar a futura linha de costa tendo também em conta mil e um cenários de proteção costeira edificada pelo Homem. Perante as projeções, pode-se assim optar pela estratégia de proteção que melhores resultados apresenta.
O modelo numérico, diz Carlos Coelho, «está em adaptação constante». O investigador, que reconhece as «limitações que ainda há no conhecimento e na tradução numérica de todos os processos» envolvidos na erosão costeira, explica a importância da monitorização, já que «quanto mais dados tivermos, e mais minuciosos forem, melhor podemos calibrar o modelo de forma a obtermos melhores projeções».

Um futuro sem praias

E o que diz o modelo da UA quanto à evolução da linha de costa entre Cortegaça e Mira para os próximos 30 anos? «Com base em dados recolhidos e estudados relativos à evolução da linha de costa nos últimos 10 anos, e partindo do princípio que as condições atuais se vão manter, daqui a 30 anos poderá haver a sul da Vagueira a ligação entre a laguna de Aveiro e o mar», explica Carlos Coelho. Quanto às praias, o areal das praias das frentes urbanas protegidas tenderá a desaparecer e nos restantes troços a linha de costa recua e o mar avança, com a exceção do troço litoral entre as praias de São Jacinto e a Torreira onde o molhe norte, à entrada do Porto Comercial de Aveiro, segura uma grande quantidade de sedimentos. 
O cenário é validado por Cristina Bernardes. «Tentando projetar o futuro tendo por referência o passado, com o atual défice de sedimentos que chega às praias, a linha de costa vai continuar a recuar se não se fizer nada», aponta a investigadora do Departamento de Geociências da UA que, desde o início da década de 90, tem estudado a erosão da faixa costeira da região de Aveiro. Assim, garante a investigadora, «tal como dizem os modelos de simulação, poderemos ter no futuro ruturas permanentes no cordão dunar ou no dique arenoso que separa a laguna do mar». Novas barras que, a aparecerem, «transformarão para sempre os parâmetros físicos e químicos da Ria de Aveiro», com implicações não só na biodiversidade como também na atividade agrícola ligada às suas margens.
Sem praias, e com as frentes urbanas expostas à ação direta do mar, a toda esta orla costeira só restará proteger as frentes urbanas, à semelhança do que hoje já acontece, por exemplo, na Vagueira. O setor do turismo, em consequência do desaparecimento das praias, também sofrerá com o cenário.
Ano após ano, Cristina Bernardes já assistiu à redução significativa da largura das praias e da barreira arenosa. «Há praias que pura e simplesmente desapareceram nos últimos tempos», lembra a investigadora. Entre a Costa Nova e a Vagueira, por exemplo, nos últimos 52 anos, a linha de costa recuou 73 metros. «Dá uma taxa de recuo de 1,5 metros por ano e não é dos setores mais críticos», afirma. É que entre Maceda e o Furadouro, no mesmo período de tempo, houve um recuo de 120 metros.

                                                                                   A Coordenação dos Serviços
                                                                                  Lic. Margarida Isabel Almeida

 

A Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro em parceria com a Associação Portuguesa de Horticultura, com o Instituto Politécnico de Bragança, com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e com a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte irão organizar em Mirandela nos próximos dias 15, 16 e 17 de Novembro o VI Simpósio Nacional de Olivicultura.
Na continuidade dos eventos anteriores, pretende-se promover a cooperação entre investigadores, técnicos, agricultores, estudantes, transformadores, exportadores, políticos e outros, para uma troca de experiências que contribua para aumentar a rentabilidade e sustentabilidade da fileira olivícola nacional.
São muitos os temas de enorme pertinência e actualidade que serão abordados: Ecofisiologia, Recursos Genéticos e Melhoramento; Sistemas e Técnicas Culturais; Protecção Sanitária da Oliveira; Tecnologia e Qualidade: Azeitona de Mesa e Azeite e Olivicultura na Nova PAC.
Toda a informação acerca do VI Simpósio Nacional de Olivicultura, desde as Inscrições, Programa, Visita Técnica e outra poderá ser observada em http://aphorticultura.pt/olivicultura/.

Paralelamente a este evento, decorrerá também no Auditório Municipal de Mirandela, uma Mostra de Produtos de Trás-os-Montes, onde se destaca obviamente o azeite.
Cientes da V. melhor atenção para o exposto, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos,
    Atenciosamente
     Francisco Pavão

 ----------------------------------------------------- Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto DouroRua Centro Transmontano de S. Paulo, 755370 - 381 MirandelaTel. 278261035 * Fax 278261002http://www.aotad.pt/
De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Criação de um Parque Biológico da Terra Quente?

JORGE   LAGE  Criação de um Parque Biológico da Terra Quente? – Quando amamos o torrão natal, sonhamos com o melhor para a nossa terra e la...