Por: Costa Pereira
Portugal, minha terra.
Deixando a gare e a Praça dos
Trabalhadores partimos em digressão pelo centro da cidade a magicar num
ampliado cartaz que mostra a primitiva estação dos CFM, bem como num placar, em vidro acrílico,
alusivo ao primeiro acontecimento que assinalou a chegada da linha férrea a
Maputo, em 1895.
Mais, diga-se, por ver divulgado com certo destaque, o nome de um
estrangeiro, em vez de um português, a presidir a uma inauguração cujo
território, ao tempo, Portugal administrava. Mas pelos vistos, aconteceu.
Da gare e do edifício recolhi, e com a devida vénia transcrevo, de www.Kanimambo.com, o que muito me
agrada aqui divulgar dado honrar o que foi a presença de Portugal em Africa,
mesmo que por vezes a empurrão de grandes figuras africanistas... - género
Paulo Kruger. Mas adiante, a nós importa pegar no que nos diz respeito, ou seja
divulgar: a “construção da estação
central dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques (agora Maputo), hoje
totalmente encoberta pela imponente fachada que depois se lhe acrescentou
encimada pela magnífica cúpula em cobre com a esfera armilar, havia sido
começada no ano de 1908. Veio substituir a antiga - de madeira e zinco,
construída pela companhia concessionária, que existia do outro lado da avenida
18 de Maio, de fronte do atual Posto Médico dos CFM. Tendo sido dada por
concluída, ela foi solenemente inaugurada no dia 19 de Março de 1910.A Gare (….)
foi considerada pela Revista americana Newsweek como sendo a mais bela de toda
a África e a sétima colocada numa lista que compreende nove (9) Estações
ferroviárias eleitas mediante monitoria especializada feita em todos os
continentes”. Esta ultima inauguração de que se fala nada tem a ver com a
outra de 1895.
Merecida que era esta referência a um dos mais notáveis edifícios de
Maputo vamos daqui, cidade a cima, parar junto à Sé para uma visita ao seu
interior.
Altar-mor
Corpo central da Sé
Para trás, na baixa, ficou entre o mais a “Casa Amarela” que dizem ser o
imóvel mais antigo de Maputo, onde está instalado o Museu da Moeda.
Como noutra ocasião disse
já, a “reconstrução do património
urbanístico da cidade não se faz sem a colaboração de pessoas individuais ou
coletivas dispostas a colocar os seus talentos e labor ao serviço” da
comunidade, daí que em vez de se dotar as cidades com bairros luxuosos e caros
neste caso valia e vale mais apostar no alindar Maputo.
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