sábado, 15 de outubro de 2011

Quem pode prosperar assim?


Pedro Passos Coelho
Primeiro-ministro
Há tempos em que não nos devemos calar, porque, fazendo-o, nos tornamos cúmplices.
Permitam-me citar de memória uma frase com cerca de 2500 anos:

“Não é a riqueza que torna um Estado próspero, mas sim a justiça”.

(Confúcio)

O Consulado de José Sócrates, que o Povo português removeu (felizmente) a cinco de Junho, danificou brutalmente, por vários anos, a sociedade portuguesa, endividando conscientemente o Estado e os cidadãos, alicerçado na teia injusta de leis que teceu, dificultando a acção de correcção do actual Executivo. Foi mesmo um Consulado repressivo, com grave perigo para a democracia.
Nuno Crato
Ministro da Educação
Para a situação actual do País, que o Primeiro-ministro acaba de delinear em comunicação ao País, depois de elaborado o Orçamento, não faltaram avisos dos vários campos ideológicos. Que apontavam para esta situação dramática
O actual Executivo ficou sem alternativas perante os desvios ocultos. Mas deve pugnar pela justiça, não tanto pela riqueza.
Não existe hoje uma área social que não tenha sofrido a erosão da teia que Sócrates e o seu consulado criaram. Mas na Educação, essa erosão foi catastrófica.
O congelamento das Carreiras, instituído pelo Executivo de Sócrates e o qual o actual Executivo não pôde negar, cria situações caricatas, diremos mesmo estapafúrdias, ou até mesmo ignóbeis. Professores doutorados auferem, neste momento, vencimentos ao nível de antigos bacharéis; inferiores aos dos seus colegas licenciados, quando, para além da sua qualificação, possuem mais tempo de serviço. E alguns destes profissionais têm 1/3 do seu vencimento mensal congelado!

Quem pode prosperar assim?


Post scriptum

Gyurcsany, antigo Primeiro-ministro da Hungria, em 2006, sem saber que estava a ser gravado numa reunião com amigalhaços do seu partido, confessou que “mentiu de manhã, à tarde e à noite” para se manter no poder. O Povo saiu à rua pedindo a sua demissão. Gyurcsany aguentou-se. Escapou mesmo à pressão do Parlamento húngaro, demitindo-se apenas em 2009. Recentemente, o Procurador principal da Hungria, mesmo rodeado de enorme controvérsia, acaba de acusar Gyurcsany do crime de abuso de poder. Se a memória não nos falha, na Irlanda existe uma lei para responsabilizar antigos políticos de prevaricarem contra o Estado. E em Portugal também. Uma de 1987. Que aponta para crimes de abuso de poder, corrupção ou recebimento indevido de vantagem, entre outros.
De acordo com um relatório do INIR, as Scut vão custar mais 700 milhões do que estava previsto, o aeroporto de Beja está às moscas e custou uns milhões. Para enunciar os recursos geridos de forma danosa pelo anterior Executivo não chegaria esta página. Mas os seus responsáveis andam por aí, impunes. Apesar de terem brincado com o nosso dinheiro, falindo o País.

Rodapé

Não fosse o enorme respeito que temos por muitas pessoas do P.S.  (Partido Socialista), algumas do nosso circulo de amizades, e o querermos direccionar este blogue para aspectos exclusivamente culturais, teríamos ido mais longe neste escrito, nas considerações sobre os malandros que aqui nos trouxeram: ao Inferno!
Iremos noutro local, noutra altura.
Armando Palavras


Segunda Feira publicaremos reportagem sobre lançamento de "Mensagm" de Fernando Pessoa, vertida para mirandês por Amadeu Ferreira e apresentação de Fernando Castro Branco, grande poeta transmontano. Estamos a preparar o texto.

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