A Marinha Portuguesa teve um destacado historial de combate ao tráfico de escravos ao longo do século XIX.
Poucos, mas Bons – Portugal e a sua Marinha no combate ao
tráfico de escravos (1837‑1904), de Jorge Moreira Silva, oferece aos leitores a
mais completa visão da história do combate da Marinha portuguesa ao tráfico de
escravos após a abolição.
O livro abrange, em pormenor, o quadro do século XIX, descrevendo as rotas de
tráfico de escravos, o processo abolicionista e a acção da Marinha Portuguesa.
Numa altura em que certos activismos põem a tónica nas culpas do Ocidente,
acusando-o em exclusivo da escravização dos povos africanos, este livro vem
lembrar a acção humanista e empática de personalidades defensoras do
abolicionismo e de organizações no combate a esse flagelo global.
Nesta investigação, que revela a acção da Marinha de Guerra Portuguesa na
repressão do tráfico de escravos entre 1837 e 1904, analisa-se a distribuição
do esforço fiscalizador e de vigilância pelos vários territórios ultramarinos e
a evolução desse esforço ao longo do tempo, relacionando-o com o poder naval
nacional e com a orientação do poder político, sem deixar de o comparar – em
termos relativos – com os esforços desenvolvidos por outras potências.
E porque a História não é apenas feita de recriminações, e há, também, que
apontar os bons exemplos e enaltecê-los devidamente, Poucos, mas Bons –
Portugal e a sua Marinha no combate ao tráfico de escravos (1837‑1904) é uma
forma de realçar o contributo de Portugal para a erradicação do comércio
esclavagista mundial.
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