domingo, 3 de março de 2024

Carta aos meus amigos – nº 79

 
SILERE NON POSSUM?


           (Não me posso calar – Sto Agostinho)

          Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.”

                                     (Alexandre Soljenitsyne)

               

                    Carta aos meus amigos – nº 79        

                           BRAGA , 29 – FEVEREIRO - 2024

   +

PAX

 

   “Há um tempo para falar e outro para calar.”

 

1.   Nesta hora em que acontecimentos trágicos abalam o coração, como uma verdadeira hecatombe no concernente aos valores que defendo e sempre defendi, e a fé de tantos fiéis e de muitos cidadãos;

2.     Nesta hora trágica de derrocada irreversível da nossa civilização em que , por exemplo, se já está a “ constitucionalizar” o chamado direito ao Aborto, verdadeiro neo-nazismo;

3.      Nesta hora trágica cheia de “cães mudos”;

4.     Nesta hora trágica em que quem ousa reagir contra a corrente é cancelado e insultado e varrido da comunicação social ou de grupos, mesmo eclesiais como o eram os leprosos na Idade Média e antes;

5.     Nesta hora trágica de alienados que se recusam a informar-se e a formar-se, limitando-se, quando muito, a lamentar-se;

Creio que chegou ao fim a minha intervenção pública e publicada de décadas. Dei muito de mim de que não me arrependo, mas “ fartei-me”, cansei-me, saturei-me de falar para as paredes cerebralmente nuas. Estou desiludido e revoltado.

Assim, agradeço aos poucos que me têm lido ao longo de tanto tempo e na minha última tentativa que eram as minhas Cartas semanais. Muito obrigado. Aos outros , esperem pela volta da vossa indiferença e não se queixem pois não têm esse direito. Aguentem.

Por fim, chegou, para mim, “Há um tempo para falar e outro para calar.” Calar-me-ei para alívio dos “cães mudos” que andam por aí alienados tantos à procura de uma carreira luzidia face ao povo ignaro.

… Continuarei a rezar pois, deste modo, não incomodo ninguém nem os inquieto.

Finalmente, para os que odeiam o latim:

“ SUB TUUM PRAESIDIUM…”  acolho-me sob o manto de Maria.      

          

             LAUS DEO VIRGINIQUE MATRI

Carlos Aguiar Gomes


1 comentário:

  1. Quando nos calamos a tudo que faz a baderna, logo nascem os Putins, logo há o despotismo, logo o Mundo se transforma uma república das bananas, um "salve-se quem puder"! - Que haja «Alguéns!» de Guarda...

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Notas da minha Agenda - 6

  Jorge Lage, in: Noticias de Mirandela