quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

O estado da Nação das bananas e a Magna Carta


Depois dos casos (não dos casinhos, porque foram todos casos) escabrosos que neste mês surgiram de nepotismo, corrupção amiguismo, e por aí fora, começam já as vozes manipuladoras do costume para conservar o “governo” e o dr. Costa. Por um lado, o komentariado começa já a falar nos bons resultados das “contas certas”. Ora contas certas houve sempre desde 2011. Porém, o cidadão comum sentiu sempre a roubalheira no bolso através de imposto disto e imposto daquilo. Mas, aguardemos pelas tais contas certas… ou muito nos enganamos, ou as tais contas certas estarão a ser manipuladas.

Por outro lado, já há certas vozes a tentar a alertar para o perigo dos protestos, sobretudo o dos professores. Cuidado, dizem, o protesto pode virar-se contra quem protesta! O costume, nesta república das bananas.

E ainda surgem vozes (manipuladoras) a dizer que o sistema português criaria uma crise se o governo do dr. Costa caísse.

É claro que os do costume querem manter este regime podre, este lamaçal, onde o cidadão comum assiste incrédulo à roubalheira “aristocrata”, enquanto lhe vão ao bolso.

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O regime político que se consolidou na Inglaterra, foi o parlamentarismo monárquico. Assim sendo, o poder do rei, ao contrário do que ocorria em outras nações modernas, passou a ser limitado, dando vazão ao controle político do país pelo parlamento. Para se compreender bem como esse modelo surgiu é necessário remontar ao primeiro embate entre nobres ingleses e o rei, ocorrido no século XIII, e ao principal factor resultante disso: a Magna Carta de 1215.

Na batalha de Bouvines, ocorrida em 1214, a Inglaterra perdeu para a França, o Ducado da Normandia. Por essa razão João Sem Terra aumentou os tributos dos barões ingleses, provocando a sua insatisfação. Esta arbitrariedade levou os barões a contestarem o rei.

Foi então que o cardeal Longton e alguns dos barões elaboraram o texto da Magna Carta, cujo título completo é: Magna Charta Libertatum, seu Concordiam inter regem Johannen at barones pro concessione libertatum ecclesiae et regni angliae (Grande Carta das liberdades, ou concórdia entre o rei João e os barões para a outorga das liberdades da Igreja e do rei Inglês).

João Sem Terra, acuado, assinou o documento em 15 de julho de 1215, em Runnymede. Esse documento previa a garantia de plenos direitos aos “homens livres” da Inglaterra

Ainda que tivesse limitações em seu conteúdo, a Magna Carta até hoje é considerada um símbolo de avanço legislativo no mundo ocidental.

Se bem nos recordamos, desde Agosto (em seis meses!) a Inglaterra vai no terceiro Primeiro Ministro. É que a Magna Carta continua hoje a ser essencial em Inglaterra. Assim que o Primeiro-Ministro mete o pé na poça, é substituído! Aqui, no portugalinho corrupto, aguenta-se um governo, nem que seja nepotista, até ao fim dos tempos…

O dr. Costa é um intriguista politico que luta apenas pelo poder, sem projecto nem futuro para o país distópico que construiu, cujo nome jamais será referenciado na verdadeira História.

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