terça-feira, 1 de novembro de 2022

Todos os Santos

 

Todos os Santos            

 

Hoje, 1 de novembro, dia de Todos os Santos,

Recolhi, Em Ermesinde, à Capela do Lar,

Depois de ter visitado outros novos cantos,

Desta linda casa, minha também, ali fui rezar!

Ali fico, depois, em meio hora de meditação,

Pedindo ao Senhor, para todos a santificação. (1)

 

Vejo, ao centro, o Sacrário, Jesus-Eucaristia…

A Eucaristia é o cimo e a fonte de toda santidade!

Será, hoje, como sempre, o centro do meu dia,

Ao celebrar e viver a Missa, na Igreja da cidade.

E rezo: Que este sacramento, meu Deus e Senhor,

Faça da santidade o meu objetivo primeiro, maior! (2)

 

Não falta, ali, a imagem de Jesus ressuscitado.

Sei que eu, ressuscitado, estarei, também, assim.

Com Jesus, no Céu, eu, totalmente santificado,

Cantarei também a glória de Deus, sem fim.

Maravilhoso convite de toda a ressurreição,

A dizer-me: o que importa é a tua santificação! (3)

 

Olho, depois, a Santíssima Virgem Maria,

A criatura humana mais santa, jamais criada.

A Ela recorro, Ela a causa da nossa alegria,

Para que ao longo da minha caminhada,

Nunca deixe de me dar a sua bendita mão.

Bendita Mãe: olha pela minha santificação! (4)

 

Vejo, do outro lado, o gloriosos São José.

Desde o seu ano, fiquei mais seu amigo.

A Ele recorro, agora, com a mais profunda fé,

E com Ele, ao Deus santo em sempre bendigo.

Peço-lhe que proteja a Igreja, de todo o mal,

E que eu viva a santidade de cada dia, simples e real! (5)

 

Vejo, Champagnat, o Santo Fundador que dizia:

“Fazer-se Irmão é comprometer-se a fazer-se santo!”.

Hoje, em mim, ecoa, sempre, com muita alegria,

Este seu pedido que conheço bem e amo tanto.

Seja este, ó Deus, sempre, o meu compromisso,

Que me leve a acolhe ra santidade, no teu serviço. (6)

 

Teófilo Minga

Ermesinde, 01 de novembro de 2022,

 

1)      É bem sabido na tradição cristã que o dia 1 de novembro é o dia d Festa de Todos os Santos. É dos dias que mais gosto, pela santidade oferecida a todos. Nem podia ser de outro modo: Deus, o Santo dos santos oferece a santidade a todos e quer eu toos se santifiquem. Foi este o tema da minha mediação de hoje (não podia ser de oura maneira!), ao fazer a minha meditação de hoje na Capela do Lar Marista de Ermesinde. Ermesinde onde me encontro, vinda de Carcavelos. Ainda tenho médicos por aqui. Regresso hoje a Lisboa, com a mala cheia de remédios. De um passei a tomar seis, nestes dias. E começo a concluir eu a santidade também se pode viver na doença. Mas a minha meditação não foi nada especial: depois das Leitura litúrgicas do dia, limitei-me a contemplar as estátuas que estão na Capela. Contemplá-las era, hoje, para mim uma catequese sobre a santidade. Foi um pouco com esse fim que nasceram os vitrais das grandes catedrais da Idade Média: eram uma catequese viva para as gentes simples, para todos de facto que os contemplavam.

2)      Ao centro da nossa Capela, como de resto, em todas as Igrejas, está o Sacrário, o Tabernáculo, com Jesus Eucaristia. Não há dúvida que Jesus eucarístico é a fonte de toda a santidade. Era o que agradecia ao Senhor antes de descer para a Igreja Matriz de Ermesinde, onde dentro de uma hora assistiria à missa das 11.00. E pedia, simplesmente, ao Senhor, que a Eucaristia continuasse a alimental a minha vida espiritual. Por outos palavra, o meu caminho para a santidade.

3)      Do lado esquerdo de quem entra, está a imagem de Cristo ressuscitado. Ao contemplá-lo vejo que é este o fim último da santidade: converter-nos em homens e mulheres da ressurreição. E notamos ai como que uma proporção direta: quanto mais me santifico, ou me deixo santificar pelo Senhor que é a santidade total, absoluta, plena, tanto mais eu sou homem ou mulher da ressurreição, tanto mais eu vivo como ser ressuscitado. E o contrário também é verdade: quanto mais eu testemunho a ressurreição de Jesus em minha vida, tato mais a sua santidade está em mim e, “por tabela” digamos estará na sociedade. Na medida em que me deixo santificar por Jesus eucarístico e Jesus ressuscitado, também a Igreja e a sociedade serão mais santas.

4)      Do lado direito de quem entra, esta a imagem de Maria. Não são precisas muitas palavras. Maria é a toda santa, desde sempre, desde toda a eternidade. Quem, depois de Jesus, mais do que ela nos pode ajudar no caminho da santificação? Certamente, ninguém. E, do hino das Laudes (no meu livro em francês) retinha a estrofe que se referia a Maria, no Universo que hoje se vestia de glória, no mundo restaurado na santidade de Deus, traduzida na vida de todos os santos de todos os tempos: “E a Mãe de Deus, pobre e poderosa, reina; a obra do Pai é engrandecida”. É isso: a santidade de Maria, a santidade de todos nós, engrandece a obra do Deus santo.

5)      Do lado esquerdo de quem entra temos a estátua de São José com o Menina. Uma estátua muito tradicional. Ela diz-me que é na vizinhança com Jesus que construímos a santidade. E José esteve centrado em Jesus e vizinho de Jesus, mesmo quando perseguido por Herodes. Pensava nos Herodes de hoje que destroem a santidade da vida, depois de concebida ou depois de nascida. Destruição da vida e destruição da santidade vão de par. Pedia a São José que nos ajude a encontrar o supremo valor da vida e da santidade, nos dias de hoje.

6)      E, por fim, no centro do altar temos a imagem de Marcelino Champagnat, o Fundador dos Irmãos Maristas, oferecendo a sua obra a Jesus e a Maria, os santos por excelência. Ele disse um dia: “Fazer-se Irmão é comprometer-se a fazer-se santo”. Esta tudo dito. Hoje poderemos sem duvida a alargar essa frase a todos os Marista de Champagnat. E a todos os batizados mesmo. Tornar-se cristão, pelo batismo é aceitar o desafio que vem de Jesu, por intermedio da sua Igreja, da santidade nas nossas vidas. É também o grande desafio da festa de hoje. Possa ele estar sempre presente nas nossas vidas.

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