Por BARROSO da FONTE
Reporto-me não só
aos mortos da Ucrânia, da Rússia, do Irão e àqueles que não resistiram à
pandemia e a tantos que desaparecem misteriosamente e que nos avisam para os
tempos que se avizinham.
Este intróito ocorre-me na hora em que escrevo esta crónica, aturdido pelo clima partidário que se viu e ouviu na discussão do orçamento do Estado. Não pareceu uma época de santos mas de diabos em que os mesmos que hoje pintaram o céu, ontem pintaram o inferno, com entoações infetadas, com paleios anedóticos, com mentiras bafientas. Quem chama democracia a esta bandalheira comportamental, deve ter caído no planeta errado e no espaço dos homúnculos que grunhem como noitibós.
As eleições no
Brasil, a discussão do orçamento geral do Estado em Portugal e a lei que
legitima na Espanha a mudança de século, indiscriminadamente.
Domingos Ribeiro
fora o militante mais vibrante nesse congresso; e por isso mais saudado, por
ter sido sindicalista têxtil antes de Abril.
Nesse ano tinha eu cessado o meu mandato de 3 anos, como Diretor da Delegação no Norte da Comunicação Social do Norte, ao tempo em que esse sector tinha Almeida Santos como ministro. Até essa altura nunca eu tinha aderido a qualquer partido.
Domingos Ribeiro
procurou-me e insistiu comigo, para aderir ao PSD, alegando que em democracia
apenas se combate dentro dos partidos. Ao fim de um mês aderi à filiação porque
iam decorrer eleições autárquicas e «eu poderia ser um candidato para a
cultura, serviços administrativos, recursos humanos e educação», vaticinava o
meu padrinho político.
Assim aconteceu. O
PSD sozinho, pela primeira e única vez, ganhou as eleições. Mas o PS e o CDS
deram as mãos e juntaram os seis votos, contra os restantes cinco. O PSD
ganhara as eleições. Mas a oposição levou metade do mandato a remar contra a
maré. Ao fim desses dois anos o partido vencedor, viu um dos seus vereadores ir
para o Parlamento. E o Presidente da Câmara distribuiu meios tempos pelos seis
opositores. Fora um mando infernal que me levou, a seis meses do fim do tempo
regulamentar, indisponibilizar-me para a recandidatura.
Já, em 2009, por
causa da aceitação, pelo representante do PSD, de concordar com o PS para que
Cavaco Silva viesse a Guimarães associar-se à comemoração dos 900 anos do
nascimento de Afonso Henriques, em: 5, 6, ou 15 de Agosto de 2009, desfilei-me
do PSD.
O líder local
desse partido se tivesse um mínimo de decoro não alinhava com o adversário
local que confessou ser "bacharel em história mas de história pouco
entender".
Tendo eu sido o vereador da Cultura e diretor do Paço dos Duques e do Castelo de Guimarães, não fui consultado, sobre a posição a tomar. E senti-me ofendido pelo que fundei, com outros, a Grã Ordem Afonsina que em 2028, em sintonia com a Câmara Municipal, vamos celebrar os 9 séculos da existência de Portugal. O repto foi meu e, se ainda cá estiver, lá estarei para celebrar os 900 anos do nosso país.
A chegada da Troika a Portugal, em 2011, quando a roubalheira xuxa levou o país à BANCARROTA, prejudicando milhões de Portugueses! |
3. Tenho vindo a ler e a ouvir inverdades
como punhos, contra Passos Coelho. O próprio Cavaco Silva veio a público
murmurá-lo, alegando que subtraiu dinheiro ao povo e que não deveria ter
extinto os Governos Civis.
Barroso da Fonte
Nota: As imagens e legendas são da responsabilidade de Tempo Caminhado.
Ó Senhor Doutor, eles grunhem como noitibós e de que maneira! Ouvem-se aqui por baixo, noite e dia, que parecem almas penadas em estertor. É uma agonia, uma morte lenta, escutá-los... - Já não chegava ratarem-nos as reformas! Uns malabaristas trampolineiros do pior... - T`arrenego !
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