https://www.youtube.com/watch?v=SE9V0l_j_I4
ANTÓNIO MAGALHÃES
Comprei-os, para mim e para o meu filho Miguel, para vermos Nick Mason, baterista dos Pink Floyd, no Sheffield City Hall, concerto inserido na digressão, ‘’ Saucerful Of Secrets’’, The Echoes Tour, que seria realizada em abril de 2020. Não foi.
O inimigo invisível já tinha começado a causar os seus nefastos efeitos e a Tour foi adiada, ficando o concerto de Sheffield, agendando para Outubro, e de Outubro desse mesmo ano, para Maio de 2021, e de Maio de 2021, para 30 de Abril de 2022.
E que concerto. Se o meu filho que é da geração pós Pink Floyd, gostou, ‘’I really enjoyed’’ disse-me no dia seguinte no café da manhã, é porque de facto foi um grande concerto. Dito por mim talvez não tivesse a mesma credibilidade, pelo simples facto de que sou logo suspeito, uma vez que sou fã da banda e das músicas, há mais de 40 anos.
Fotografia do Autor |
A ideia deste projeto foi a de tocar músicas dos primeiros tempos dos Pink Floyd, como que um tributo a Syd Barret, cofundador da banda e principal responsável pelos seus primeiros êxitos. Músicas essas que ao longo dos anos ficaram um pouco ofuscadas pelo enorme sucesso dos álbuns, Dark Side of The Moon, e The Wall.
Fotografia do Autor |
Os primeiros quatro concertos, desde a criação deste projeto,
foram efetuados em Londres, a 20 de Maio de 2018, no pub Dingwalls, e poucos dias
depois mais três espetáculos no Half Moon, Rock’n’roll pub, in Putney, num
ambiente intimista.
Quem diria que Gary Kemp, dos Spandau Ballet, um dia iria
tocar e cantar músicas de Pink Floyd e que o faria com tanta mestria.
De Guy Pratt, um veterano colaborador de Pink Floyd já lá vão
mais de trinta e cinco anos, já sabíamos as suas excelentes qualidades como
baixista e vocalista, mas, pelo menos pela parte que me toca, Lee Harris eu não
conhecia. Revelou-se desde o início um guitarrista de excelência, e quanto a
Don Beken deixaria com toda a certeza, Richard Wright, com um enorme orgulho
pelo trabalho que tem feito nesta banda quando teve a coragem suficiente para
assumir tamanha responsabilidade.
E depois, claro, o grande Nick Mason, que apesar dos seus 78
anos de idade continua a mostrar que é um génio, um baterista de excelência.
Em Sheffield, no passado sábado, numa casa completamente
cheia, Nick Mason lembrou que a última vez que estivera em Sheffield, com a sua
banda, os Pink Floyd, fora em 1967 com Jimi Hendrix, Experience Tour.
Bem sei que somos todos eternos, e que mortais, só são
obviamente, os outros. Até porque, quando nos parte um ente querido, fica-nos
‘’eternamente’’ no coração. Mas mesmo a eternidade tem um tempo limitado, e
duvido muito que volte a ter oportunidade de ver esta banda tocar uma vez mais,
mas…que porra, valeu bem a pena.
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