terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Braga já tem novo Bispo: D. José Cordeiro


O Papa nomeou dia 3/12, D. José Cordeiro como novo arcebispo de Braga, sucedendo no cargo a D. Jorge Ortiga, de 77 anos, que tinha renunciado ao atingir o limite de idade imposto pelo Direito Canónico. O anúncio foi feito em comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Bispo de Bragança-Miranda desde 18 de julho de 2011, D. José Manuel Garcia Cordeiro nasceu a 29 de maio de 1967, em Vila Nova de Seles (Angola). Vindo para Parada, Alfândega da Fé, Portugal, com a família em 1975, frequentou o Seminário Menor da Diocese de Bragança-Miranda; admitido ao Seminário Maior, seguiu os estudos filosófico-teológicos na sede do Porto da Universidade Católica Portuguesa. Após receber a Ordenação presbiteral a 16 de junho de 1991, foi incardinado na Diocese de Bragança-Miranda. 

De 1991 a 1999 foi Pároco, formador no Seminário Diocesano e Capelão do Instituto Politécnico de Bragança. De 1999 a 2001 frequentou o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a Licenciatura em Liturgia. Em 2004 obteve o Doutoramento em Liturgia no Ateneu de Santo Anselmo, em Roma. De 2001 a 2005 foi Vice Reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, e de 2005 a 2011 foi Reitor do mesmo Pontifício Colégio. De 2004 a 2011 foi Professor no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma. 

No dia 18 de julho de 2011 foi nomeado Bispo de Bragança-Miranda, recebendo a Ordenação Episcopal a 2 de outubro de 2011. Desde 2016 é membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. No âmbito da Conferência Episcopal Portuguesa: desde 2014 é Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade; desde 2017 é Vogal do Conselho Permanente e desde 2018 é Delegado aos Congressos Eucarísticos Internacionais. No dia 3 de dezembro de 2021 é nomeado Arcebispo Metropolita de Braga.

 

Acolho com fé humilde a nomeação para a missão que o Papa Francisco me confia, ao escolher-me como pastor do Povo de Deus presente na Arquidiocese de Braga. Sei que o Bispo não é de uma Igreja, mas é da Igreja; todavia sinto um misto de gratidão e saudade. Tudo é dom da Graça! Em 2011, o Papa Bento XVI pediu-me para servir a querida diocese de Bragança-Miranda como Bispo.

 Agora, o Papa Francisco pede-me para peregrinar com ardor apostólico até Braga, da qual nasceu Bragança-Miranda em 1545 e se reconfigurou em 1881. Neste momento, retornam ao meu pensamento as palavras de Miguel Torga: «Foi desta realidade que parti, e é a esta realidade que regresso sempre, por mais voltas que dê nos caminhos da vida. É uma certeza de marcos com testemunhas, que nunca me deixa desorientado quando quero avivar as estremas da alma (…) Nasci povo, povo continuo e povo quero morrer».
Agradeço de todo o coração a D. António Montes, aos Presbíteros, aos Diáconos, às Pessoas Consagradas, a todas as Leigas e Leigos nas Paróquias das Unidades Pastorais, nos organismos de comunhão e cor-responsabilidade sinodal, nos serviços diocesanos, nos movimentos e grupos eclesiais. Muito obrigado pelo vosso testemunho de fé, de esperança e de caridade.

A gratidão é igualmente para todas as Autoridades autárquicas, civis, académicas, forças de segurança e proteção, órgãos de comunicação social e paras todas as instituições, sobretudo, a Cáritas, as Fundações e Centros sociais paroquiais, e as Misericórdias pela sua cooperação recíproca.

No serviço do ministério episcopal na nossa amada Diocese de Bragança-Miranda procurei doar-me como peregrino do Evangelho da Esperança, para mostrar os mistérios de Cristo. Como dizia São Francisco de Assis: «Irmãos, comecemos a servir o Senhor Deus, porque até agora pouco ou nada fizemos». Peço perdão por todas vezes que não fui o pastor, o pai, o irmão, o amigo e o companheiro de viagem, segundo o Coração de Deus.

Esforcei-me por buscar a proximidade com Deus, com o Colégio Episcopal, com o Presbitério e com o Povo santo de Deus. A comunhão e a participação são elementos decisivos para a Missão da Igreja.

Recomendo-me à misericórdia de todas as crianças, adolescentes, jovens e adultos, sobretudo dos mais velhos, dos pobres, dos reclusos, dos migrantes, das pessoas com deficiência, das minorias étnicas e de todas as outras periferias existenciais que são invisíveis.

Corações ao alto! «Não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é que é a vossa força» (Neemias 8,10).

Suplico a Deus, por mediação da Senhora das Graças, de São José e de São Bento, por todos e cada um. Rezai por mim e rezemos juntos, para que em breve Deus conceda a Bragança-Miranda um novo Bispo.

                            (Nota enviada à imprensa pelo nomeado D. José Cordeiro que anuncia que a tomada de posse deverá acontecer no prazo de dois meses)


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