El Cid terá
nascido entre os anos de 1043 a 1048, na aldeia de Vivar, localizada nas
proximidades da cidade de Burgos território pertencente a coroa de Castela e
Leão sob o governo de Fernando I (1016-1065) e faleceu em 1099, em Valência.
De uma família de infanções foi mandado ainda
jovem para viver na casa do filho mais velho de Fernando I, Sancho (1039-1072),
que herdaria mais tarde o trono de Castela como Sancho II, o Forte.
O Cid, Rodrigo Díaz de
Vivar, era alfabetizado e recebeu formação militar medieval com a sua inserção
na mesnada do jovem príncipe Sancho.
Com a morte de Fernando I o reino foi dividido pelos três príncipes herdeiros. Rodrigo Díaz de Vivar, El Cid, passou a servir ao novo rei de Castela com o cargo de armiger.
Tal cargo mantinha-o ocupado recolhendo o
tributo anual de Saragoça, muitas vezes mediante o uso de força. Ao lado do
monarca, o cavaleiro lutou na chamada guerra dos três Sanchos.
Em 1072, durante o cerco a uma cidade, Sancho
II foi morto sob circunstâncias até hoje desconhecidas, abrindo caminho para
que Alfonso VI unificasse os territórios de Leão e Castela sem nenhum empecilho
familiar à sua frente, já que seu irmão Garcia fora preso quando tentava
retornar à Galiza.
Tal acontecimento parece ter afetado a relação
entre El Cid e Afonso VI, sobretudo pela forte ligação de Rodrigo Diaz de Vivar
com Sancho. Que mais afectada ficou com o mitológico (com toques de realidade)
evento conhecido como “jura de Santa Gadea”, no qual conta-se que o cavaleiro
burgalês teria feito o monarca castelhano-leonês jurar não ter tido
participação alguma na morte de seu irmão. El Cid ficou em maus lençóis na
Corte e foi obrigado a exilar-se, acompanhado de um pequeno grupo de guerreiros
fiéis ao falecido monarca. Durante o seu período de desterro, El Cid desencadeou
diversas empreitadas militares extorquindo parias das taifas do leste da
península e lutando como mercenário a serviço dos muçulmanos (e outras vezes
dos cristãos).
A sua mais famosa façanha foi a tomada de
Valência, que governou durante cinco anos, de 1094 até a sua
morte em 1099.
É desta história que trata o livro recentemente
publicado por Arturo Pérez-Reverte, SIDI.
Uma magnifica narrativa, brilhantemente descrita, onde o autor demonstra um real conhecimento da história espanhola desta época. Conhecedor da arte equestre, do vocabulário andaluz do século XI, Pérez-Reverte, conta-nos, entre a miríade de versões, a sua história de El Cid. Um dos heróis da nossa meninice, agora divulgado num dos livros que, para nós, será um dos romances do ano!
Sem comentários:
Enviar um comentário