quinta-feira, 29 de julho de 2021

“Areopagítica” (2)

 Acílio Estanqueiro Rocha

1.No artigo anterior já expressei o meu pasmo com a aprovação duma lei intitulada “Carta Portuguesa dos Direitos Humanos na Era Digital”, susceptível de instaurar um regime de vigilância e de controlo da liberdade de expressão – uma censura a posteriori. Recorde-se o art.º 6.º, onde se considera “desinformação toda a narrativa comprovadamente falsa ou enganadora criada,

apresentada e divulgada para obter vantagens económicas ou para enganar deliberadamente o público, e que seja susceptível de causar um prejuízo público, nomeadamente ameaça aos processos políticos democráticos, aos processos de elaboração de políticas públicas e a bens públicos”. E prescreve-se: “O Estado apoia a criação de estruturas de verificação de factos (…) e incentiva a atribuição de selos de qualidade (…)”.

Se assim for, teremos o Estado a pagar mais empregos políticos e a erigir toda uma maquinaria de vigilância e de denúncia de pensamentos, convicções e condutas.

 

É desta forma que Acílio Estanqueiro Rocha, inicia o seu artigo, no Diário do Minho (p. 18), lembrando um dos Grandes da Literatura, John Milton, autor do “Paraíso Perdido”. Também autor de “Areopagítica: Discurso ao Parlamento de Inglaterra em defesa da liberdade de imprensa”, ensaio que Acílio recorda no seu escrito. AQUI.

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