sábado, 23 de janeiro de 2021

Dinheiro da bazuca precisa-se com urgência na restauração

Esperemos que a bazuca não calhe aos do costume: 1/3 para a corrupção, outro terço para os amigos e outro para isto e para aquilo, na propaganda, calhando a quem precisa as migalhas debaixo da mesa.

A economia portuguesa, como a europeia, dinamiza-se em torno das pequenas e médias empresas. E até nas micro, como são a maioria dos cafés e restaurantes.

Quantos cafés e restaurantes estarão assinalados em Portugal? Não sabemos. Já fizemos uma busca na net, mas nada encontrámos. Serão uns 10.000? Façamos as contas com este número. Se em média trabalharem 3 pessoas por estabelecimento, serão 30.000 trabalhadores. Só neste pequeno exemplo poderemos verificar o que roda, em termos económicos, em torno destas famílias. Se cada uma, em média, tiver 3 filhos, são cerca de 100.000 pessoas. Estes números são muitíssimo aleatórios, como, aliás, acabámos de dizer.

A restauração levou uma machadada com esta crise pandémica. Muitos restaurantes já encerraram, outros ainda não deitaram a toalha ao chão, porque têm no corpo o sangue lusitano e dos navegadores de 500.

Ora se a Europa (por questões de oportunismo e de diplomacia corrupta) aceitou não falar mais no caso nepotista do procurador europeu (Dr. Guerra), coisa de outras geografias que não a da Europa, está na hora de enviar já, alguns tostões para a restauração, antes que a tragédia seja incomensurável! Ou será que também está a pensar na distribuição da bazuca da mesma forma que estão os políticos portugueses?


George Steiner em A Ideia de Europa, livro publicado pela Gradiva (2005), com prefácio de Durão Barroso, lembra que a Europa também foi feita pelos seus cafés, logo, pelos seus restaurantes. Diz-nos a dado passo: " A Europa é feita de cafetarias, de cafés. Estes vão da cafetaria preferida de Pessoa, em Lisboa, aos cafés de Odessa frequentados pelos gangsters de Isaac Babel" (p. 26).


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