BARROSO da FONTE |
O
criativo deste projeto original, servido em bandeja, como um sorvete no verão
quente, disse na sua mensagem de mais esta etapa que ele e o seu projeto são «independentes». Não
devemos nada a ninguém e, por conseguinte, o mérito é todo nosso e de todos
vós, amigos e familiares, clientes e produtores, escritores e artesãos,
editores e livreiros».
Confesso que ainda não passei pela Rua Miguel Bombarda, na velha mas
sempre renovada e atraente capital Transmontana. Já fui, amavelmente, convidado
para ali apresentar livros, para visitar as Feiras em que tem marcado presença.
E recebo, pontualmente, os programas que ali ou noutros espaços culturais, a
«Traga-Mundos» abanca com a sua «tralha» de livros, de vinhos, de coisas e
loisas. Conheci, pessoalmente, o estruturado agente cultural na Casa de
Trás-os-Montes do Porto. Falou-me em linguagem académica, em termos tais que me
impressionou a sua linguagem técnica e metodológica. Diria que tem um
curriculum invejável. Mas pediu-me para o tratar como um aprendiz de tudo. E
até me disse que conhecia Gralhas, a seis km da minha aldeia natal, porque dali
se fez à vida sua Mãe.
Dá gosto viver e conviver com este tipo de missionário das nobres
causas. Sempre o suor do rosto, o saber fazer, a perseverança e a humildade a
darem forma aos homens raros, que comem à noite o pão que ganharam durante o
dia.
Vila Real acolheu-me entre os 12 e os 22 anos. Numa instituição que
procurei honrar, tal como os meus excelentes companheiros do Seminário de Santa
Clara. Amo esta cidade como se nela tivesse nascido. Relembro-a, a cada passo e
regozijo-me com as estruturas de ontem e de hoje, nomeadamente das valências
culturais que homens como António Cabral,
Pires Cabral, Alberto Miranda, Ângelo Minhava, Passos Coelho, Otílio de
Figueiredo, João Ribeiro, Salvador Parente, Joaquim de Barros Ferreira,
Amaral Neves, Joaquim Ribeiro e outros que têm catapultado Vila Real para a
galeria dos autores dignos de registo.
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