segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O país parece um torresmo: queimado e deprimente


BARROSO da FONTE
1 .O ano de 2016 ficará na história de Portugal como o mais carbonizado e deprimente do século XXI. Bastou mês e meio (3 de Agosto a 11 de Setembro), para  concluir que nunca, em  45 dias, o país ficou tão enegrecido,  deprimente e esfarrapado.  O ministro do ambiente gabou-se perante as televisões , em 2 de Agosto de que a área ardida até àquela data, era muito  inferior à do ano  de 2015. A meteorologia desgostou-se com essa afronta. E, o gabarolas, se tivesse um mínimo de bom senso, deveria ter-se demitido. Politizou uma matéria muito delicada e desafiou os incendiários que não mais deram descanso a bombeiros, autoridades e proprietários rurais que viram reduzidos a cinzas muitos dos bens, móveis e imóveis que haviam amealhado ao longo de décadas. Dias 10 e 11 viajei de Guimarães a Montalegre, pela Estrada 311. Fafe- Salto- Boticas-Chaves. Mais de metade do percurso, de ambos os lados da estrada, tudo reduzido a cinzas.  Desafio qualquer descrente a comprovar estes cerca de 140 quilómetros.

2.  À saga dos  incêndios juntou-se o drama da saúde. E não foi só a morte dos dois militares. Foram as decisões políticas que entupiram hospitais, ora por arbitrariedades infantis, ora por débitos, ora por preços em hospitais da mesma rede que praticam preços, completamente diferenciados. Para não ser suspeito fica o relato feito pelo Presidente da Câmara de Vila Real que alertou na última semana para a "realidade preocupante" do centro hospitalar local que perdeu o único cirurgião vascular e onde uma avaria no único acelerador linear, parou os tratamentos de radioterapia». São palavras de Rui Santos:  "Hoje estamos mais pobres porque a cirurgia vascular foi suspensa com números que são claramente preocupantes: mais de 325 cirurgias em lista de espera e 829 consultas. E ficamos sem capacidade de resposta nesta área".
O autarca socialista referiu à imprensa que este serviço foi suspenso no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, o qual  abrange os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego. Rui Santos  disse mais: «o cirurgião que era o único  desta valência, foi contratado por uma unidade de saúde de Guimarães e  foi autorizado pelo ministro da Saúde,  decisão que não agradou ao Hospital, ao Presidente da  capital Transmontana e, sobretudo, à Região mais carenciada e esquecida do poder político. Esta transferência fez parar os tratamentos de radioterapia no centro oncológico. "Está avariado,  não há um segundo e este é um investimento que há muito tempo reclamamos", foi dito pela mesma fonte que confirmou  a avaria do acelerador linear.                                                                                                                                     Rui Santos informou ainda que» das 37 vagas abertas pelo ministério para este centro hospitalar, apenas foram preenchidas nove. Mas quatro das vagas preenchidas respeitam a médicos que aí já trabalhavam». Outros «três ou quatro»  saíram, entretanto, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mais: a falta de médicos anestesistas, em Vila Real  é mais um calvário e o próprio autarca que é socialista, reconhece que é "inaceitável" que o ministro da Saúde permita a abertura de vagas para esta especialidade em Trás-os-Montes e, ao mesmo tempo, no Porto. É expectável que a  médio prazo, aqueles, mal entrem ao serviço, a primeira ideia que terão é a transferência para o Porto.                                                                                                            Uma outra  preocupação relaciona-se com  o fator financeiro de risco desta unidade.« O  passivo rondou os 11 milhões de euros por ano, nos últimos quatro anos».                                             O executivo Vilarealense, aprovou uma proposta – e bem – que inclui um pedido urgente de audiência ao  ministro da Saúde para que conheça  o drama destas carências no interior do país real. O blogue  Tempo caminhado, pela mão  de J.A. Costa Pereira ( Tempo Caminhado: Á boa maneira socialista ), Transmontano de Mondim de Basto,  deu seguimento a esse protesto de Rui  Santos contra ao Governo central, gesto que enobrece o caráter deste  autarca socialista.
COSTA PEREIRA
  António Costa prefere cumprir as promessas da esquerda radical. E, como se ouviu nas televisões, no dia 11 de Setembro, sempre que tem mais uma andorinha a sobrevoar a janela do seu gabinete, exalta-se, gargalha e canta vitória,  porque o seu antecessor ganhou-lhe as eleições, mas perde  na contagem das andorinhas...

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