Alfredo Barroso escreveu no
jornal Público (26/08/2016), um
artigo de página com titulo pomposo:” A fixação obsessiva de Passos Coelho”. No
qual desfere um ataque fulminante à politica económica de Milton Friedman, um
gigante da economia do século XX, prémio Nobel, e respeitado por economistas
como Paul Krugman, embora discordando de alguns dos seus métodos económicos.
Para isso recua a uma polémica
que o tempo já demonstrou ser incorrecta – a ligação de Friedeman ao Chile de
Pinochet. Sendo certo que no Chile de Pinochet se experimentaram as ideias
liberais de Friedman, não é correcto associá-lo à politica e, sobretudo, à
ditadura chilena implantada por Pinochet. Isso foi vastamente desmentido, não
só pelo próprio Friedman, como por gente decente que o acompanhou nos
programas de Roosevelt, Nixon, Ford ou de Reagan. E, embora tenha acompanhado
três presidentes, nunca exerceu cargos políticos (sempre os recusou), nem mesmo
de Secretário de Estado. Foi sempre conselheiro. E já agora, convém lembrar que
foi dos primeiros a sair em defesa dos pobres, ao propor um sistema de imposto
progressivo em que os pobres receberiam um salário básico do governo. Porque
apesar de considerar que as forças de mercado produziam coisas maravilhosas
(sic), não podem garantir uma distribuição de renda que permita a garantia de
necessidades económicas básicas a todos os cidadãos.
Mas o sr. Barroso, com o
curriculum que apresenta (onde nada consta de trabalho em relação à sua
formação académica – advocacia), com os laços familiares (sobrinho do dr.
Soares), e o rol de medalhas (Grã-Cruz disto, Comenda daquilo) que possui, que
encheriam um alforge, pode dizer o que quiser.
É claro que esta associação de Friedman
a Pinochet é propositada. Porque, no fundo, o que o sr. Barroso pretende é
atingir Pedro Passos Coelho e a sua antiga ministra das finanças.
O dr. Barroso pode discordar
das politicas liberais, pode até discordar (como discorda) da politica seguida
pelo governo liderado pelo dr. Passos Coelho, mas não pode continuar (como
continua, ele e muitos) a manipular o povo português.
O que empobreceu Portugal (como
agora o tempo começa a mostrar) não foram as politicas desse governo, foram as
politicas dos “governos” do seu correligionário José Sócrates, que levaram o
país à bancarrota!
a-escola-publica-antro-de-corrupcao.html
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Para terminar, aconselha-se o sr.
Barroso a estar mais atento em relação ao Chile. É que embora a sua governação
actual seja de esquerda, nunca abandonou os princípios indicados por Friedman.
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