quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A cunha, uma velha instituição portuguesa


O caso do doutor Luís Durão Barroso, filho do ainda Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, levantou celeuma. Ao que parece foi nomeado para  a Supervisão do Banco de Portugal. Segundo as noticias, “ BdP convida o filho de Durão...”.
Já aqui neste espaço alguém comentou (com determinadas premissas) assertivamente o caso. Contudo, convenhamos que houve dois tipos de comentadores: 1 – os que assertivamente comentaram o caso; 2 – os que foram movidos pela invídia.
O nosso comentário (curto) vai de encontro aos da segunda via. Ou seja, aqueles que se atiraram ao ar por invidia.
Há décadas que a cunha se tornou, em Portugal, numa instituição. Num país minúsculo,  todos sabemos de casos.
Como é que uma grande parte dos professores universitários (ou do Ensino Superior), representam essas instituições? Como é que determinada gente dirige ou administra esta ou aquela instituição? Como é que determinada gente adquiriu este ou aquele grau académico à custa do Estado e depois, em lugar destacado da governação (do PS de José Sócrates), tramou a vida de profissionais competentes quando adquiriam a graduação (séria) de doutoramento?, Como é que determinados iluminados adquiriram mestrados (há 30 anos) em três meses (mais ou menos)? Como é que determinados “insuspeitos” adquiriram certas licenciaturas, mestrados e doutoramentos? Como é que determinados energúmenos exercem a profissão de docente através de equivalências, igualados a docentes doutorados? Como é que tudo isto foi possível (e aquilo que silenciamos)?
Através de convite!
Se o  doutor Luís Barroso fosse um licenciado como a maioria da mediocridade invejosa  autóctone, a questão não tinha passado de um zumbido. O problema é que, além de licenciado, possui um mestrado e um doutoramento. Ou seja, é um individuo altamente qualificado para desempenhar o cargo que passou a ocupar. Sob este ponto de vista, portanto, essa gente do comentário pueril, devia estar sossegada, porque o Banco regulador do seu país adquiriu mais um profissional altamente qualificado.
Não foram tão afoitos na governação socialista de José Sócrates que fez precisamente o contrário. Colocou nos lugares de alta responsabilidade os menos qualificados, despromovendo os mais qualificados. Lembramos essa gente que nessa “governação” de deriva totalitária semelhante à do PREC, corromperam as instituições promovendo políticas danosas prejudicando o cidadão comum, o profissional zeloso e competente.
A lei indicava que para determinados lugares na função pública, os candidatos tinham de ter o grau de licenciados. Pois José Sócrates e o seu séquito alteraram isso. Qualquer um podia exercer esses cargos. Ao ponto de qualquer um poder ser Director Geral disto e daquilo, ou Administrador desta ou daquela instituição. Os doutores foram ultrapassados pelos licenciados, mestrados e (em alguns casos) pelos bacharéis.
Por essa razão chegámos aonde estamos: à bancarrota.
A razão, além de ideológica (para os mais decentes), foi anarquizar o país para salvar as patifarias que fizeram. O recentemente falecido  General Pires Veloso, conhecido como o “vice-rei do Norte”, no Verão Quente, em 2012, disse à Lusa: “A partir de 2008 … a sociedade portuguesa deixou-se aprisionar pelo laxismo económico e social ...”. E disse mais, “ Tal como naquele período [o do Verão Quente], a situação actual é de anarquia...”, acrescentando:”...uma pseudodemocracia, onde as leis se eliminam ou fabricam consoante os interesses de A,B ou C” (Público, 18 de Agosto, 2014, p. 8)

A essa governação medíocre,  é que essa gente que comenta o que não sabe se deveria debruçar. Porque analisar a governação socialista de 2005 a 2011, sob os vários aspectos da sociedade, daria (e há-de dar) algumas teses de doutoramento de alta qualidade.

Actualizado em 22 de Agosto


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