O caso do doutor Luís Durão Barroso, filho do
ainda Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, levantou celeuma. Ao que
parece foi nomeado para a Supervisão do Banco de Portugal. Segundo as noticias, “
BdP convida o filho de Durão...”.
Já aqui neste espaço
alguém comentou (com determinadas premissas) assertivamente o caso. Contudo,
convenhamos que houve dois tipos de comentadores: 1 – os que assertivamente
comentaram o caso; 2 – os que foram movidos pela invídia.
O nosso comentário
(curto) vai de encontro aos da segunda via. Ou seja, aqueles que se atiraram ao
ar por invidia.
Há décadas que a cunha
se tornou, em Portugal, numa instituição. Num país minúsculo, todos sabemos de casos.
Como é que uma grande
parte dos professores universitários (ou do Ensino Superior), representam essas
instituições? Como é que determinada gente dirige ou administra esta ou aquela
instituição? Como é que determinada gente adquiriu este ou aquele grau
académico à custa do Estado e depois, em lugar destacado da governação (do PS
de José Sócrates), tramou a vida de profissionais competentes quando adquiriam
a graduação (séria) de doutoramento?, Como é que determinados iluminados
adquiriram mestrados (há 30 anos) em três meses (mais ou menos)? Como é que
determinados “insuspeitos” adquiriram certas licenciaturas, mestrados e
doutoramentos? Como é que determinados energúmenos exercem a profissão de
docente através de equivalências, igualados a docentes doutorados? Como é que
tudo isto foi possível (e aquilo que silenciamos)?
Através de convite!
Se o doutor Luís Barroso fosse um licenciado como
a maioria da mediocridade invejosa
autóctone, a questão não tinha passado de um zumbido. O problema é que,
além de licenciado, possui um mestrado e um doutoramento. Ou seja, é um
individuo altamente qualificado para desempenhar o cargo que passou a ocupar.
Sob este ponto de vista, portanto, essa gente do comentário pueril, devia estar
sossegada, porque o Banco regulador do seu país adquiriu mais um profissional
altamente qualificado.
Não foram tão afoitos na
governação socialista de José Sócrates que fez precisamente o contrário.
Colocou nos lugares de alta responsabilidade os menos qualificados,
despromovendo os mais qualificados. Lembramos essa gente que nessa “governação”
de deriva totalitária
semelhante à do PREC, corromperam as instituições promovendo políticas danosas
prejudicando o cidadão comum, o profissional zeloso e competente.
A lei indicava que para determinados lugares na
função pública, os candidatos tinham de ter o grau de licenciados. Pois José
Sócrates e o seu séquito alteraram isso. Qualquer um podia exercer esses
cargos. Ao ponto de qualquer um poder ser Director Geral disto e daquilo, ou
Administrador desta ou daquela instituição. Os doutores foram ultrapassados
pelos licenciados, mestrados e (em alguns casos) pelos bacharéis.
Por essa razão chegámos aonde estamos: à bancarrota.
A razão, além de ideológica (para os mais
decentes), foi anarquizar o país para salvar as patifarias que fizeram. O
recentemente falecido General Pires
Veloso, conhecido como o “vice-rei do Norte”, no Verão Quente, em 2012, disse à
Lusa: “A partir de 2008 … a sociedade portuguesa deixou-se aprisionar pelo
laxismo económico e social ...”. E disse mais, “ Tal como naquele período [o do
Verão Quente], a situação actual é de anarquia...”, acrescentando:”...uma
pseudodemocracia, onde as leis se eliminam ou fabricam consoante os interesses
de A,B ou C” (Público, 18 de Agosto, 2014, p. 8)
A essa governação medíocre, é que essa gente que comenta o que não sabe
se deveria debruçar. Porque analisar a governação socialista de 2005 a 2011,
sob os vários aspectos da sociedade, daria (e há-de dar) algumas teses de
doutoramento de alta qualidade.
Actualizado em 22 de Agosto
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