quinta-feira, 17 de julho de 2014

Bongo (Angola) - De visita à cidade


COSTA PEREIRA
Portugal, minha terra.

Este post vou dedicá-lo ao Sr. Fernando Ferreira, mais conhecido, por touaqui42., os bloguistas com bom gosto crítico, sabem de quem se trata. Eu também, e muito mais ainda porque aquando da minha permanência por terras do Huambo me acompanhou em espírito e falou com saudade desta cidade e também de Caála que outrora muito bem conheceu. Com amor amor se paga.

Ermida da Senhora do Monte
Ainda mal tinha pousado no Bongo e logo passados três ou quatro dias aí estou de novo a atravessar um modesto pontão que também sobre um modesto córrego que desce dos lados do aldeamento de Sopasse é da zona importante veia arterial.


Interior da ermida
Era semana maior em Angola, no passado dia 20 de Março, Bento XVI visitava terra angolana, eu que no Bongo dificilmente teria missa dominical diligenciei no sentido de passar o fim de semana no Huambo. Desse fim de semana hei-de falar adiante, mas antes vou fazer um esboço do que mais me impressionou na viagem.
Acompanhava-me um distinto nativo da Vila Alegre que ao passar pela comuna de Lépi me informou que dantes se explorava ali uma famosa água de mesa; quando hoje beber água em Angola, se recomenda que só engarrafada e selada...Ó tempo volta para trás!
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Depois de Lépi que ainda pertence ao município de Longonjo, fica Calenga, a ex-Vila Verde que os portugueses assim baptizaram. Não muito afastadas, mas esta já fica no município de Caála. Das feiras tradicionais de aldeia, foi a mais farta e concorrida que vi desde o Huambo até Benguela. Então produtos agrícolas, e quase de graça, nunca vi, assim ! Mas tenham paciência porque destas localidades não vou mostrar imagens.
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A seguir a Calenga fica a cidade de Caála, sede do municipio que ainda hoje muitos dos angolanos sem complexos conhecem por Vila de Robert Williams. Honra lhes seja feita.
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Antes de descer para Caála fica num morro, à nossa direita, a Senhora do Monte, por um desvio subi até lá.
O panorama é deslumbrante e descreve-lo só um Torga ou um Eça de Queirós, todos os demais só preenchem espaço...
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Uma vez mais o silo...
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Centro de Caála
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Caála e os carros de transporte público: as carrinhas wolksvagem de 9 ou... 20 lugares.. cabe sempre mais um...
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Posto médico de Caála
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Ainda mais uma imagem de Caála recolhida de jipe.
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Tudo durante uma tarde para chegar ao Huambo e ali tirar uma foto ao lado de um ferrenho adepto do FCPorto, que ganhei e ficou meu amigo; o ex-tenente da FAPLA Miguel Cavela. Um angolano que sem conhecer Portugal sabe mais da sua história que muitos dos recentes licenciados nas universidades portuguesas.
A -------------------------
Em menor ou maior número, os comentários foram aparecendo, e este vem de um estudioso interessado em saber mais:
 “Na esteira de um trabalho académico centrado na colonização e no Padre Joaquim de Campos Lima, pároco da Caála e Longonjo de 1949 a 1974 (?), rogo a vossa colaboração no facultar da vossa memória pessoal, fotografias ou outros documentos que possam ajudar a enriquecer este trabalho.
Obviamente não serão ignorados nem deixarão de ser referenciadas as fontes e seus contributos
”.
Com muita pena, mas feliz por naquela época não me encontrar região. Respondi: “Muito obrigado pela visita a este blog. Quanto ao solicitado, lamento mas além dos dados que numa série de posts relato em "Portugal, minha terra" nada mais disponho que possa corresponder ao desejo do meu amigo José Albino Oliveira. Como deve ter percebido o meu trabalho é fruto de uma visita que o ano passado fiz a Angola e das impressões que recolhidas in loco e no tempo atual. No que o meu trabalho lhe poder servir disponha. Antes de lhe responder ainda tentei fazer uma pesquisa na internet, mas logo desisti, porque descobri que o mesmo já estava a ser feito por si. Boa sorte e muitas felicidades para o seu trabalho. Um abraço e sempre às ordens”.
Continua


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Uma ideia peregrina