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Ilhéu Mole |
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Ilhéu da Rocha do Navio |
Continuando na rota dos primeiros
povoadores da costa sul da Madeira, o mareante dobrando a imponente falésia do Cabo Girão de pronto vai dar de caras
com o ilhéu do Campanário e uma milha
ou nem tanto mais adiante tem a Ribeira Brava, vila e sede de concelho consagrada a São Bento, padroeiro da
Europa. Crê-se que a sua fundação ronde o ano de 1440 e que também o nome, como
em Câmara de Lobos, tenha sido dado por João Gonçalves Zarco, inspirado na
fúria com que teria visto os caudais da ribeira que vinda dos lados da
Encumeada e Serra de Água ali tem a sua foz.
Outra terra de renome a seguir à
Ribeira Brava é a Ponta do Sol, cujo povoamento foi dos que teve início em
1425, remontando a 1501 a sua elevação à categoria de vila. Consagrada a N. S. da Luz, a Ponta do Sol, vila e
sede de concelho, deve o seu topónimo a “uma
ponta de rocha que entra pelo mar dentro e na qual se refletem os raios
solares”- aqui Gonçalves Zarco limitou-se
a explorar a fertilidade do solo, deixando que a natureza se encarrega-se de batizar
o espaço... Entre a Ponta do Sol e Ponta
do Pargo fica a Calheta, vila e sede de concelho que envolve, entre outras, as
antigas paróquias de São Brás do Arco da
Calheta e São Pedro da Ponta do Pargo.
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Cabo Girão |
Consagrada
ao Divino Espírito Santo, a também vetusta paróquia da Calheta foi elevada à
dignidade de vila nas primeiras décadas do Séc. XIX; quanto ao topónimo
dizem-no associado “à pequena enseada
existente na costa marítima”. Sede do concelho
mais ocidental da ilha e com maior dimensão, além da Calheta abrange as
freguesias dos Prazeres, Arco da Calheta, Estreito da Calheta, Fajã da Ovelha,
Jardim do Mar, Paul do Mar e Ponta do Pargo.
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Calheta |
Entre a Ponta do Pargo e a Ponta do Tristão ficam as Achadas da Cruz e a Santa,
duas freguesias de Porto Moniz. A
primeira, famosa pelo seu artesanato,
associado aos labores em vime e à cultura e fiação de linho; e a segunda, devido à sua
importância ágro-pecuária. Vila e sede
de concelho, Porto Moniz é o nome que em 1533
passou a designar a até então freguesia da Ponta
do Tristão. Situada no ponto mais a
noroeste da ilha, o topónimo
surgiu em homenagem ao senhorio daquele local, Francisco Moniz, casado com uma
neta de Gonçalves Zarco. Consagrada a N. S. da Conceição, a vila de Porto Moniz
desenvolveu-se ao redor duma primitiva capela mandada construir ali por esse povoador,
e é das freguesias mais antigas do norte da Madeira.
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Ribeira Brava |
Contornado o ilhéu Mole, vizinho das piscinas naturais, em direção aos ilhéus da Ribeira da Janela é que de
facto se deu entrada na chamada costa
norte da Madeira, onde depois da Fajã
da Parreira e de Santo Antão do Seixal
fica situada a paróquia de São Vicente, vila e sede de concelho a que pertencem as freguesias de Boaventura e
Ponta Delgada. O estatuto de vila só lhe foi concedido em 1744, e o início do
povoamento supõe-se tenha ocorrido por volta dos finais do Séc. XV. As grutas
de São Vicente são dignas de ver, e a praia, como as demais da ilha, de areia e calhau negro, também.
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Câmara de Lobos |
De São Vicente, pela Fajã da Areia e Ponta Delgada, até à Ponta do
Clérigo, o mareante antes de alcançar a cidade de Santana, pode apreciar no
percurso sítios encantadores que fazem parte deste concelho criado em 1832,
como: Arco de São Jorge, Cabanas de São Jorge, São Jorge, Ponta de
São Jorge, ilhéu de São Jorge, Ponta de Santana e ilhéu da Rocha do Navio.
Situada na costa norte da Madeira, a
cerca de 315 metros de altitude, Santana surge associada e vai buscar o nome “a uma pequena capela consagrada a Santa Ana
que, durante muitos anos, caracterizou a zona mais interior da ilha”. Paróquia e sede de concelho, Santana foi elevada a cidade em
Janeiro de 200l e obriga a uma visita, ali, todos quantos venham à descoberta
deste encantador jardim suspenso no
Atlântico.
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