terça-feira, 1 de abril de 2014

ANGOLA - Heroínas angolanas de todos os dias

   
Mal o sol raiou, dona Antónia - à semelhança de muitas mulheres angolanas, com maior incidência na zona rural - põe-se de pé em busca de sustento para seus filhos. Além de mãe, ela é como um pai para as sete crianças. A vendedora ambulante, ou zungueira, tem na venda de refrigerantes e cerveja, na via pública, o garante do sustento de seus filhos órfãos de pai.
«Todos os dias acordo antes das cinco horas da manhã. Antes de sair de casa tenho que preparar algumas coisas para os mais pequenos comerem. Preparo também a comida das minhas netas que vivem comigo porque elas não gostam de ir à escola sem comer nada», conta ao SOL dona Antónia, moradora do bairro do Capalanca, arredores de Viana.

Zungar para sustentar os filhos

Chega sempre ao mercado dos ex-congoleses pouco depois das seis horas, para enfrentar mais um dia «muito difícil, porque zungar bebida faz com que esteja muito tempo debaixo do sol, correndo o risco de ser atropelada pelos carros ou motas». Mas é assim que consegue sustentar a família.
A morte do marido na guerra, em meados dos anos 90, trouxe muitos desafios à sua vida. Deslocada de guerra, tem encontrado grandes dificuldades na capital - «nunca deixei de ser mãe e pai dos meus filhos e todos os dias luto para garantir o sustento deles».



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