sábado, 12 de outubro de 2013

Nobel da Paz (2013)




Organização para a Proibição das Armas Químicas recebe Nobel da Paz de 2013

Organização intergovernamental lidera actualmente as operações para a destruição do arsenal químico da Síria.
Inspectores da agência durante as investigações ao ataque químico de 21 de Agosto em Ghuta, nos subúrbios de Damasco Mohamed Abdullah/Reuters


A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) foi a escolhida para o Nobel da Paz de 2013, uma decisão anunciada dez dias depois de ter iniciado a supervisão do plano para a eliminação do arsenal químico da Síria.
No comunicado divulgado nesta sexta-feira em Oslo, o Comité Nobel Norueguês justifica a inesperada escolha com o “extenso trabalho” desta organização intergovernamental “para a eliminação das armas químicas”. Desde a entrada em vigor da Convenção para a Proibição das Armas Químicas, em 1997, 80% dos arsenais existentes no mundo foram eliminados, segundo cálculos da própria organização.
Depois de quase um século em que “foram usadas em várias ocasiões, tanto por Estados como por terroristas”, o recurso a este tipo de munições é actualmente “um tabu à luz da lei internacional”, sublinha o comunicado. No entanto, alguns países ainda não aderiram à convenção e outros não cumpriram o prazo de Abril de 2012 para a eliminação dos seus arsenais — “o que se aplica especialmente aos Estados Unidos e à Rússia”.
O principal motivo para que a escolha tenha recaído neste ano sobre a OPAQ surge mais adiante, quando o Comité Nobel refere que “os acontecimentos recentes na Síria, onde foram usadas armas químicas, sublinha a necessidade de dar novo impulso aos esforços para a eliminação de tais armas”. Antecipando já a inevitável controvérsia, o presidente do comité, Thorbjorn Jagland, afirmou que a distinção “não foi atribuída por causa da Síria”, onde o trabalho dos inspectores mal acabou de começar, “mas pelo trabalho de longa data" da organização.


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