Organização para a Proibição das
Armas Químicas recebe Nobel da Paz de 2013
Organização intergovernamental
lidera actualmente as operações para a destruição do arsenal químico da Síria.
Inspectores da agência durante as
investigações ao ataque químico de 21 de Agosto em Ghuta, nos subúrbios de
Damasco Mohamed Abdullah/Reuters
A Organização para a Proibição das
Armas Químicas (OPAQ) foi a escolhida para o Nobel da Paz de 2013, uma decisão
anunciada dez dias depois de ter iniciado a supervisão do plano para a
eliminação do arsenal químico da Síria.
No comunicado divulgado nesta
sexta-feira em Oslo, o Comité Nobel Norueguês justifica a inesperada escolha
com o “extenso trabalho” desta organização intergovernamental “para a
eliminação das armas químicas”. Desde a entrada em vigor da Convenção para a
Proibição das Armas Químicas, em 1997, 80% dos arsenais existentes no mundo
foram eliminados, segundo cálculos da própria organização.
Depois de quase um século em que
“foram usadas em várias ocasiões, tanto por Estados como por terroristas”, o
recurso a este tipo de munições é actualmente “um tabu à luz da lei internacional”,
sublinha o comunicado. No entanto, alguns países ainda não aderiram à convenção
e outros não cumpriram o prazo de Abril de 2012 para a eliminação dos seus
arsenais — “o que se aplica especialmente aos Estados Unidos e à Rússia”.
O principal motivo para que a
escolha tenha recaído neste ano sobre a OPAQ surge mais adiante, quando o
Comité Nobel refere que “os acontecimentos recentes na Síria, onde foram usadas
armas químicas, sublinha a necessidade de dar novo impulso aos esforços para a
eliminação de tais armas”. Antecipando já a inevitável controvérsia, o
presidente do comité, Thorbjorn Jagland, afirmou que a distinção “não foi
atribuída por causa da Síria”, onde o trabalho dos inspectores mal acabou de
começar, “mas pelo trabalho de longa data" da organização.
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