sábado, 23 de março de 2013

A mão invisível da politica



“O teste ao nosso progresso não consiste em verificar se aumentámos a abundância dos que já têm muito, mas em ver se proporcionámos o suficiente aos que têm pouco”
Franklin Delano Roosevelt

Se olharmos à nossa volta, na sociedade portuguesa, o que vemos? Os mesmos de sempre. Nas rádios, nas televisões, na politica, nos fóruns, nos congressos, nas reuniões disto e daquilo. E os mesmos são-no há mais de vinte anos. É uma miríade de gente que tem influenciado (e alguns, manipulado) a sociedade portuguesa. Quem os ouça, não deixa de lhes atribuir sapiência, erudição, e por aí fora. Mas essa gente que tanta sapiência demonstra na argumentação das questões, não impediu que o FMI interviesse duas vezes no país e, principalmente, que a Nação, numa terceira vez, entrasse em falência técnica, ou seja, em bancarrota. Mas podiam (pelo menos alguns) tê-lo impedido. Calaram-se muito bem caladinhos, indo ali e acolá, convidados para isto e aquilo, enquanto o Zé pelintra pagava os seus gastos, sem “tugir nem mugir”.
São os mesmos que após a sétima avaliação da Troika (como costumam dizer) aproveitaram para dar bordoadas no Governo, especialmente no Ministro das Finanças. Mais, congeminaram, sem vergonha nenhuma, para quem quis ouvir os tempos de antena, um autêntico Golpe de Estado.
Há uma década atrás não se atreveriam, porque, pelo menos do epíteto de fascistas não se livrariam. Mas atreveram-se agora. Principalmente alguns que tiveram verdadeira responsabilidade de o país ter sido conduzido à falência.
O que têm proposto (para ver se pega) foi precisamente o que Hitler propôs ao presidente, marechal Paul von Hindenburg, depois de reuniões secretas com Franz von Papen, na casa do banqueiro e barão Kurt von Schröder. Apesar da idade (86 anos), Hindenburg não cedeu logo. Só o fez quando a pressão se revelou do seu círculo mais restrito. Mas fê-lo. E depois, foi o que toda a gente sabe.
Sobre este assunto não nos adiantamos mais, pois uma situação deste género, seria, estamos certos, repelida pelo povo português que, apesar de tudo, defenderá com unhas e dentes, os princípios mais elementares (para não dizermos BÁSICOS) da democracia. Os Governos são produto de eleições! Quer queiram ou não queiram estes senhores!
Quanto às previsões apresentadas pelo Ministro das Finanças, de quem esta gente desdenha, apenas aconselhamos que peçam à TSF que lhes mande as declarações da professora Teodora Cardoso, gravadas a 21 de Março (c. das 22 horas); a apreciação mais sensata e correcta que ouvimos.
Franklin Delano Roosevelt a dada altura disse: “ Em politica, nada acontece por acidente. Se aconteceu, podem ter a certeza de que foi planeado para acontecer”. E o desastre aconteceu!
Armando Palavras






Aconselha-se a entrevista que Luís Amado vai dar à TSF, hoje.





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