“O teste ao nosso progresso não
consiste em verificar se aumentámos a abundância dos que já têm muito, mas em
ver se proporcionámos o suficiente aos que têm pouco”
Franklin
Delano Roosevelt
Se olharmos à nossa volta, na
sociedade portuguesa, o que vemos? Os mesmos de sempre. Nas rádios, nas
televisões, na politica, nos fóruns, nos congressos, nas reuniões disto e
daquilo. E os mesmos são-no há mais de vinte anos. É uma miríade de gente que
tem influenciado (e alguns, manipulado) a sociedade portuguesa. Quem os ouça,
não deixa de lhes atribuir sapiência, erudição, e por aí fora. Mas essa gente
que tanta sapiência demonstra na argumentação das questões, não impediu que o
FMI interviesse duas vezes no país e, principalmente, que a Nação, numa
terceira vez, entrasse em falência técnica, ou seja, em bancarrota. Mas
podiam (pelo menos alguns) tê-lo impedido. Calaram-se muito bem caladinhos,
indo ali e acolá, convidados para isto e aquilo, enquanto o Zé pelintra pagava
os seus gastos, sem “tugir nem mugir”.
São os mesmos que após a sétima
avaliação da Troika (como costumam dizer) aproveitaram para dar bordoadas no
Governo, especialmente no Ministro das Finanças. Mais, congeminaram, sem
vergonha nenhuma, para quem quis ouvir os tempos de antena, um autêntico Golpe de Estado.
Há uma década atrás não se
atreveriam, porque, pelo menos do epíteto de fascistas não se livrariam. Mas
atreveram-se agora. Principalmente alguns que tiveram verdadeira
responsabilidade de o país ter sido conduzido à falência.
O que têm proposto (para ver se
pega) foi precisamente o que Hitler propôs ao presidente, marechal Paul von
Hindenburg, depois de reuniões secretas com Franz von Papen, na casa do
banqueiro e barão Kurt von Schröder. Apesar da idade (86 anos), Hindenburg não
cedeu logo. Só o fez quando a pressão se revelou do seu círculo mais restrito.
Mas fê-lo. E depois, foi o que toda a gente sabe.
Sobre este assunto não nos
adiantamos mais, pois uma situação deste género, seria, estamos certos,
repelida pelo povo português que, apesar de tudo, defenderá com unhas e dentes,
os princípios mais elementares (para não dizermos BÁSICOS) da democracia. Os
Governos são produto de eleições! Quer queiram ou não queiram estes senhores!
Quanto às previsões apresentadas
pelo Ministro das Finanças, de quem esta gente desdenha, apenas aconselhamos
que peçam à TSF que lhes mande as declarações da professora Teodora Cardoso,
gravadas a 21 de Março (c. das 22 horas); a apreciação mais sensata e correcta
que ouvimos.
Franklin Delano Roosevelt a dada
altura disse: “ Em politica, nada acontece por acidente. Se aconteceu, podem
ter a certeza de que foi planeado para acontecer”. E o desastre aconteceu!
Armando Palavras
Aconselha-se a entrevista que Luís Amado vai dar à TSF, hoje.
Aconselha-se a entrevista que Luís Amado vai dar à TSF, hoje.
Sem comentários:
Enviar um comentário