sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Desde Cabo Delegado até Maputo!


Por:Costa Pereira
Sala de jantar de Pizzaria da Estação

O passeio a Catapú foi como que o culminar de uma estadia de quase um mês na capital da Zambézia. Com o almoço na Pizzaria da Estação, e o jantar em casa, se concluiu a jornada, pois que na madrugada seguinte uma das nossas acompanhantes de viagem deixava-nos com destino à Ilha de Moçambique, em gozo de férias. Foi uma separação, já que o meu destino, agora, era o regresso a Maputo, e depois a Portugal. Entretanto passam-se os dias 18 e 19, e chega o dia 20 para arrumar a bagagem. E para despedida, mais um jantar na Pizzaria da Estação.



Marginal e jardim frente ao porto de pesca
 

No dia seguinte era o adeus a Quelimane, cidade que me deixou saudades e interesse pela sua história. Sempre dela falarei com simpatia e do seu povo também. Dos políticos, não tanto.


 Porto de Pesca

Aproveitei para dar o derradeiro giro pela rainha das “gingas” e dos palmares, em Moçambique; com passeio pela marginal, desde o Porto de Pesca até lá bem ao fundo junto ao Terminal Ferroviário.

 


Terminal Ferroviário ( que Deus haja) de Quelimane
O estuário do rio Bons Sinais, goza de um porto de grande calado e cuja linha férrea que se estendia por mais de 150 km, desde Quelimane até Mocuba foi construída para facilitar em especial o transporte dos produtos agrícolas como sisal, arroz, milho, mandioca, cana-de-açúcar e sorgo (mapira), dando à cidade e aos seus habitantes a satisfação e conforto social que nesta ocasião não têm, mas que se espera a seu tempo regresse e desse modo as promessas dos políticos se cumpram. Da linha férrea, diga-se: teve a mesma sorte que em Portugal contemplou a Linha do Tâmega, do Tua, do Vouga e doutras mais. Obra dos poupadinhos da política que com as suas modernices deram cabo do país.


Mercado da cidade à saída de Quelimane
Às 08h fora da cama, porque já se adivinhava um dia mais comprido...Ainda que feito de avião, o viajar de Quelimane para Maputo não é o mesmo que fazer Lisboa/Porto. São cerca de 1600km por estrada, e pelo ar a distancia não deve ser muito menos, até porque habitualmente o avião faz escala pela Beira ou Nampula. Nesse dia, 21 de Julho, calhou a Beira, capital de Sofala. A hora de partida estava marcada para as 21h30, mas entretanto o nosso amável condutor e encarregado de antecipadamente transportar a bagagem e fazer o nosso check-in, regressou com a noticia de que o voo estava muito atrasado. Daí resultou uma  despedida mais demorada da cidade que  trouxe no coração.
Junto à Rua Mao Tse Tung
O Aeroporto de Quelimane fica do lado oposto à rua Mao Tse Tung, e aqui, ao lado, começa a rua ou Avenida do Aeroporto, portando depressa se percorre a distância que separa os dois lugares. Para quem viaja, ordenam as normas aeroportuárias que em certos casos o passageiro esteja no aeroporto duas horas antes do embarque. Havia tempo, porem, esperar por esperar, nada como no sitio certo; até porque além disso, foi um modo de libertar mais cedo do serviço o nosso atencioso condutor, o amigo Clemente.


Aeroporto de Quelimane-sala de espera
Quando a objetiva colheu esta foto eram precisamente 21h30 e só muito próximo da meia noite é que chegou o avião para nos transportar, e que só levantou aos 00h20, com escala e paragem de 20minutos no Aeroporto da Beira.
 

Pensão Sundown
 
Foi como disse, um dia comprido, durou das 08h do dia 21, às 04h10 do dia 22; hora a que chegamos à já nossa conhecida Pensão Sundown, em Maputo. Com esta viagem ficou feita a minha demorada digressão desde Cabo Delegado até Maputo!

 

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