sábado, 23 de junho de 2012

Estudo ISPA revela esgotamento dos professores



PRESS RELEASE

Amostrade 800 professores do 1º até o 12º ano em todo o país
Estudodo ISPA revela
Esgotamento nos professores

Um estudo desenvolvido por Ivone Patrão e Joana Santos Rita, investigadoras do ISPA, revela que cerca de 30 por cento dos professores enfrentam um esgotamento, associado a elevados níveis de ansiedade e depressão, sendo que são os professores mais velhos, efetivos e com mais anos de experiência quem apresenta níveis superiores. A investigação começou em 2009 e ainda decorre mas já há dados de uma amostra de 800 professores do 1º até o 12º ano em todo o país.
O estudo demonstra que são os professores do ensino primário quem apresenta valores superiores nos níveis de stress, exaustão emocional e maior falta de reconhecimento profissional, sendo o sexo feminino quem apresenta valores mais elevados de esgotamento. Também os professores que têm alunos com necessidades educativas especiais têm valores mais elevados de ansiedade, esgotamento e preocupações profissionais. Já os professores com elevada auto eficácia apresentam baixos níveis de esgotamento.
Os dados alertam ainda para a influência dos professores que revelam elevados níveis de esgotamento como estímulo negativo para os pares, bem como para o facto de, geralmente, poucos professores recorrerem a ajuda de profissionais de saúde mental. Os professores com níveis elevados de esgotamento apresentam baixos níveis de satisfação no trabalho, nomeadamente em escolas públicas. A falta de condições organizacionais, o stress, a falta de reconhecimento profissional, de realização e de supervisão sugerem que os professores vêem os recursos como inadequados e percecionam falta de condições da escola.
As estratégias mais utilizadas pelos professores para enfrentar a situação são de controlo, seguidas de escape e finalmente de gestão de sintomas. Neste quadro alguns professores utilizam a rotina ou o absentismo laboral para aliviar a tensão exercida. As autoras recomendam que a intervenção passa pela formação e por criação de grupos de supervisão, como um local de expressão emocional das dificuldades e partilha de práticas educativas de sucesso e de exemplos de boas práticas em educação.

Nota: Este e outros temas estão em debate de hoje a 23 de Junho, no ISPA, no 12º Colóquio Internacional de Psicologia e Educação, subordinado ao tema “Educação, Aprendizagem e Desenvolvimento: Olhares Contemporâneos através da Investigação e da Prática”.

Ana Fonseca
Gestora de Projectos




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De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"


Comentário:
Estes estudos trazem sempre algo de bom. Mas as suas conclusões nunca vão ao âmago da questão: as politicas governamentais que criaram, no passado recente (Consulado socialista de Sócrates), uma enormidade de injustiças entre estes profissionais. Esta é a verdadeira causa do desânimo dos melhores.

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