terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vilar de Perdizes - "Mosaicos de Ciência e cultura ladeados de medicina popular"

Marcelo Brandão

Nilza Gomes

Por motivos de força maior, Marcelo Brandão não pôde oferecer a sua colaboração escrita à colectânea; nem pôde estar presente em Vilar de Perdizes, no Congresso de Medicina Popular, como estava previsto, para apresentar a mesma, na campanha de promoção que a organização tem desenvolvido no Norte do País, solicitada por muitos transmontanos.
A pedido de Marcelo Brandão, Hirondino Isaías, um transmontano de boa cepa, deslocou-se propositadamente às terras do Barroso, e em comunicação que abaixo se transcreve, delineou, em linhas gerais, o volume já conhecido por todos. Gratos, aqui lhe deixamos aquele abraço fraterno e são. Extensivo a Nilza Gomes.

Senhor Padre Lourenço Fontes,
Digníssima Mesa,
Ilustres Convidados,
Minhas Senhoras, Meus Senhores,
Hirondino Isaías
Economista

Pediram-me na qualidade de amigo de Lagoaça e do Nordeste Transmontano para apresentar o Livro: «Trás-os-Montes e Alto Douro, Mosaico de Ciência e Cultura» em substituição do Dr. Marcelo Brandão que, infelizmente, não se encontra bem de Saúde.
Apresentar um Livro com estas características não é tarefa fácil! E, muito menos o é, quando a maioria dos seus Autores representam o que de melhor tem a identidade Nacional, visto que muito deles são reconhecidos além fronteiras pela sua obra, inteligência ou pelo que fizeram por Portugal. No entanto, a vida tem destas coisas, e pela maioria das razões, não poderia recusar tão honroso convite!
Obrigado, Dr. Marcelo Brandão, Dr. Armando Palavras e António Neto!
Além disso, é honroso estar hoje, e aqui, em Vilar de Perdizes, terra mãe do Congresso de Medicina Popular, cujo dinamizador e fundador, o Sr. Padre Lourenço Fontes, é um dos três autores maiores deste pátrio Barroso, que figuram nas folhas desta colectânea pioneira, que a seguir se apresenta:

"Mosaicos de Ciência e cultura ladeados de medicina popular"

Que melhor epíteto poderia ter este mosaico de cultura ... e ciência? E que outro conteúdo? Do conteúdo, rezam estas 400 páginas, de saberes diversos de Trás-os-Montes e Alto Douro. Abrangem uma diversidade temática que vai dos usos e costumes, à Música e à Arte, passando pela Literatura, Poesia, ensaio monográfico, sociológico, e de História da Arte; reflexões incisivas sobre a vida, sobre transmontanismos, narrativas cinzeladas com "argúcia"; aspectos da pré-história, da museologia, gastronomia e crítica social; elementos barrosões e mirandeses.
Aspectos do judaísmo nordestino são já abordados em capítulo próprio, dedicado à freguesia de Lagoaça, terra pátria deste volume. Homem ilustre da terra lembrado por Pires Cabral, ladeado por uma temática rica e pura em contrastes diversificados. Aí são rebuscadas memórias da infância, da adolescência, e do percurso da vida de alguns dos narradores. A elas se juntam, como refere Sílvio Teixeira, "exemplos de vida, de pessoas que nos falaram noutros tempos, mas que ora não existem" . Ou, se quisermos, a voz do povo [vox populi], através do cancioneiro popular, nestas páginas enquadrado por Lourenço Fontes.
Do epíteto ... melhor não podia ser escolhido. O volume transpira diversidade. De textos e de autores. Autênticos reencontros com o passado nas narrativas sentidas, com alma! Relatos que aspiram esperança no devir, sentimentos profundos da alma popular, misturados com complexos raciocínios eruditos, tornados simples pela pena de nomes conhecidos das letras e das artes.
Eles são médicos, professores, jornalistas, políticos, engenheiros, advogados, economistas, magistrados, sacerdotes, sociólogos, militares, arquitectos ... Muitos deambulam por estas páginas em áreas distantes da sua profissão ou carreira académica, outros discorrem sobre temas que lhes estão próximos.
Desta diversidade, surgiu, como células que se entrelaçam dando origem à vida, esta obra soberana.

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A terminar lembramos as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa : Temos para os transmontanos um cumprimento especial. «Trás-os-Montes e Alto Douro, Mosaico de Ciência e Cultura», com depoimentos de transmontanos de grande gabarito e muito mérito". Ou as de Barroso da Fonte, outro maior das letras barrosãs: "Uma colectânea demonstrativa da quantidade e qualidade de quem, nas entradas do século XXI, produziu obra que merecem o aplauso da comunidade transmontana-duriense" .
Trata-se de um projecto arrojado que precisa ser acarinhado e divulgado POR TODOS.

UM BEM HAJA A TODOS!

Hirondino Isaías
(comunicação proferida em Vilar de Perdizes a 3 de Setembro de 2011)

Fotos cedidas por Fernando Guimarães e Nilza Gomes

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